Dorinha rebate Vicentinho, cita experiência no executivo e diz estar “mais firme que nunca” após fala do deputado sobre 2026
17 novembro 2025 às 09h01

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A troca de recados entre PP e União Brasil ganhou novo capítulo neste domingo, 16. Dias depois do deputado federal Vicentinho Júnior (PP) afirmar que a senadora Professora Dorinha (União) não teria experiência executiva suficiente para governar o Tocantins, argumento usado para justificar seu apoio ao governador interino Laurez Moreira (PSD) na disputa de 2026, a senadora respondeu, listou seu currículo na gestão pública e contestou o discurso do progressista.
Em mensagem publicada nas redes sociais, Dorinha adotou tom firme, porém conciliador, ao defender que política deve ser guiada pelos mesmos valores e ética que regem a vida cotidiana. Ela reconheceu que cada grupo tem liberdade para construir “seu espaço” e montar sua própria escalação, mas fez um “reparo” direto às falas do deputado: “Não sou inexperiente no executivo”, afirmou.
A senadora lembrou que foi diretora do Campus de Arraias e comandou a Secretaria de Educação do Tocantins por quase dez anos, gestão em que administrou 25% do PIB estadual, cerca de 50 mil servidores e uma rede que atendia, na época, 560 mil alunos, número muito superior ao atual, segundo ela, de 135 mil estudantes. Também citou obras, a criação de dezenas de escolas e o Salão do Livro como exemplos de entregas de sua passagem pela pasta.
Dorinha ainda questionou a lógica usada por Vicentinho para desqualificar sua trajetória, mencionando figuras da política local: “Na lógica da fala, Siqueira Campos foi um erro, porque não foi executivo antes? Wagner (Araguaína) um erro, porque era inexperiente?”.
Apesar das críticas, a senadora reforçou que mantém o respeito e que segue “mais firme que nunca”. Afirmou também que “a escolha é de cada um”, mas que “não vale não conhecer a legislação”, numa referência direta ao debate sobre competências e experiência no executivo.
A resposta expõe mais um ponto de tensão na já desgastada relação entre União Brasil e PP no Tocantins. A divergência entre dois dos principais nomes das siglas no estado, adiciona peso às dificuldades de alinhamento da federação rumo a 2026.
