Grampo na Secretaria de Comunicação do Tocantins: fato ou fake?

23 setembro 2025 às 10h48

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A suspeita de um “grampo” na Secretaria de Comunicação (Secom) do Tocantins é um assunto que não pode ser tratado como trivial. Fontes do Palácio relatam que uma inspeção de rotina na sede do Poder Executivo poderia ter identificado um dispositivo clandestino de escuta em um dos setores mais estratégicos da gestão interina de Laurez Moreira. Até agora não houve confirmação nem negativas. A descoberta teria ocorrido duas vezes já durante a gestão interina.
Esse silêncio, num caso que toca diretamente a comunicação do governo, é preocupante. Grampo é crime. Sigilo para investigações é legítimo, mas não pode justificar ausência de transparência mínima, ainda mais quando há servidores inseguros e expostos a rumores.
Ao Jornal Opção Tocantins, a secretária de Comunicação, Luiza Rocha, disse: “Caso seja verdadeiro, a divulgação não ajuda na investigação.” A resposta demonstra cautela, mas não dissipa dúvidas nem tranquiliza quem trabalha no setor.
O governo interino precisa compreender que, ao não se posicionar de forma clara, alimenta especulações políticas e administrativas e desgasta a confiança interna. Informação oficial não é só um gesto de transparência: é também uma forma de proteção institucional.
Situações como essa exigem uma resposta firme e clara, não necessariamente revelando detalhes sigilosos, mas ao menos assegurando à sociedade e aos servidores que o caso está sob controle. Silêncio prolongado, num tema tão sensível, só gera mais insegurança.