A professora aposentada da rede estadual de educação do Tocantins, Maria Célia Santos, de 56 anos, teve a cirurgia de retirada da tireoide autorizada pelo plano de saúde Servir após questionamentos feitos pelo Jornal Opção Tocantins. Diagnosticada com câncer, ela havia saído de Araguacema até Palmas, percorrendo cerca de 300 quilômetros, para realizar o procedimento no Hospital Santa Thereza, nesta sextta-feira, 12, mas foi informada de que as guias não estavam autorizadas.

Segundo Maria Célia, o hospital informou que os médicos não realizariam a cirurgia pelo plano devido ao valor pago aos profissionais. Diante do impasse, a paciente recebeu apenas o orçamento do procedimento particular, estimado em R$ 26 mil.

Após contato da reportagem, a Secretaria da Administração (Secad), responsável pela gestão do Servir, informou que acionou o prestador e tomou as medidas necessárias para viabilizar a cirurgia. De acordo com a pasta, o procedimento já está autorizado e depende apenas da disponibilidade do hospital.

Em nota, o Hospital Santa Thereza afirmou que, por seguir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e manter relação contratual com o Servir, não comenta casos específicos.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) manifestou preocupação com o episódio. A entidade classificou a negativa inicial como um descumprimento do direito à saúde e anunciou que cobrará providências do Governo do Estado, além de encaminhar representações ao Ministério Público e à Defensoria Pública.

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