Com investimento de R$ 33 milhões, barragem do Rio Formoso passará por recuperação

O Governo do Tocantins liberou, nesta segunda‑feira, 14, a ordem de serviço que dá início à recuperação da Barragem Taboca - Eixo 1, localizada no Projeto Rio Formoso, em Formoso do Araguaia. A obra está orçada em R$ 33,35 milhões: R$ 30 milhões vêm de emenda do senador Eduardo Gomes repassada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), e R$ 3,35 milhões são contrapartida estadual. A execução ficará a cargo da Secretaria das Cidades, Habitação e Desenvolvimento Regional (Secihd).

Construída entre 1979 e 1982, a barragem precisa de adequações para atender à Política Nacional de Segurança de Barragens. O Projeto Rio Formoso possui cerca de 28 mil hectares irrigáveis; durante o período chuvoso, cultiva‑se arroz por inundação, e, na seca, a área é usada para sementes de soja, além de milho, feijão e melancia.

Segundo a Secihd, a obra reforçará a estrutura do barramento e ampliará a segurança hídrica do polo agrícola. Para o prefeito de Formoso do Araguaia, Israel Kawê, a intervenção deve permitir que os produtores passem de duas para três safras anuais, com impacto direto na oferta de empregos.

Já o agricultor Vilson Silva Nogueira, que coordena o Distrito de Irrigação local, afirma que a limitação de água vem restringindo o plantio de soja. produção de sementes de soja, além do cultivo de milho, feijão e melancia. Após 44 anos, a reestruturação visa assegurar a continuidade e expansão dessas atividades produtivas.

“A recuperação dos barramentos representa a realização de um sonho antigo. O Projeto Rio Formoso tem mais de 30 anos de funcionamento e, com o tempo, os barramentos foram se deteriorando. Com a revitalização, a nossa capacidade de produção em todas as áreas vai crescer de forma significativa. Hoje, plantamos menos por conta da limitação hídrica, mas vamos aumentar muito a nossa produção, principalmente a de soja, após essa reforma”, evidenciou o produtor.

A empresa contratada tem prazo de execução definido em contrato. Após a conclusão dos trabalhos, a expectativa é de que o sistema volte a operar dentro dos critérios de segurança e capacidade previstos para o projeto original, permitindo a expansão da área irrigada e a continuidade das atividades agrícolas na região.