Enfermeiro é acusado de abusar sexualmente de colega durante plantão noturno no Hospital Municipal de Peixe

A Polícia Civil do Tocantins concluiu nesta quarta-feira, 30, o inquérito que investigava crimes sexuais cometidos dentro do Hospital Municipal Antônio Pires, em Peixe. Um enfermeiro foi indiciado por estupro consumado, tentativa de estupro e importunação sexual contra uma colega de trabalho. Se condenado, ele pode pegar mais de dez anos de prisão.

Segundo o delegado-chefe da 94ª Delegacia de Polícia de Peixe, João Paulo Sousa Ribeiro, o principal crime ocorreu no dia 14 de janeiro de 2025, durante o plantão noturno. A vítima, que trabalhava como recepcionista no hospital, relatou ter sido abordada e agredida sexualmente pelo enfermeiro. As investigações apontam que ele se aproveitou da força física e da vulnerabilidade da situação para praticar atos sem o consentimento da funcionária.

Durante a apuração, a equipe policial ouviu a vítima, que deu detalhes das agressões sofridas. Também foram colhidos depoimentos de testemunhas que confirmaram o comportamento inapropriado do enfermeiro dentro da unidade de saúde. Algumas relataram terem recebido elogios de cunho sexual ou passado por situações de contato físico indesejado.

A investigação revelou ainda que a vítima procurou ajuda de um colega logo após o ocorrido, o que contribuiu para a formalização da denúncia. O delegado João Paulo destacou que o relato consistente da vítima, somado às contradições no depoimento do suspeito, reforçou o indiciamento.

O delegado João Paulo destaca que o trata-se de um caso gravíssimo, onde o suspeito, valendo-se da proximidade que tinha com a vítima, visto que trabalhavam no mesmo ambiente, se aproveitou para praticar os crimes, de natureza hedionda. “Desde o início, quando tivemos ciência do caso, que gerou muita revolta e indignação na população de Peixe, adotamos, de maneira célere, todos os procedimentos com vistas a apurar e esclarecer todas as circunstâncias dos fatos. Desse modo, por meio de uma minuciosa investigação, foi possível comprovar as práticas delituosas que, além de altíssima gravidade, ainda deixaram sequelas  psicológicas na vítima.”

O inquérito já foi encaminhado à Justiça, que agora deve encaminhar os autos ao Ministério Público para as providências legais.

O Jornal Opção Tocantins entrou em contato com a Prefeitura de Peixe para informações sobre a situação do enfermeiro e qual posiconamento da gestão, mas até o momento aguarda retorno.