Falta de quórum impede sessão na Aleto uma semana após nova etapa da Nêmesis
18 novembro 2025 às 11h46

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A Assembleia Legislativa do Tocantins não abriu a sessão ordinária desta terça-feira, 18, por falta de quórum. Apenas oito deputados registraram presença no plenário, número insuficiente para o início dos trabalhos. O esvaziamento ocorre uma semana após a nova etapa da operação Nêmesis, que atingiu novamente o governador afastado, Wanderlei Barbosa (Republicanos), e dois parlamentares: Léo Barbosa (Republicanos), filho do governador, e Claudia Lelis (PV), aliada política do chefe do executivo.
Os parlamentares foram alvos da Polícia Federal por suspeita de tentativa de interferência na segunda fase da operação Fames-19, realizada no dia 3 de setembro. Segundo as investigações, haveria atuação para apagar provas e dificultar o avanço do inquérito. Os deputados, e o governador afastado, contestam qualquer irregularidade e afirmam que não houve tentativa de obstrução.
O clima na Aleto permanece tenso desde a operação da semana passada, principalmente em razão das discussões internas sobre o possível andamento de um pedido de impeachment. O deputado Júnior Geo (PSDB) protocolou um novo requerimento para abertura do processo e informou que pretende levar o tema à tribuna com frequência. Com o plenário esvaziado nesta terça, não conseguiu apresentar a pauta.
Desde o afastamento de Wanderlei, em setembro, a presença dos 24 parlamentares no plenário não se repetiu. Sessões têm ocorrido, mas sempre com número reduzido de deputados, o que provoca interrupções e cancelamentos ocasionais. Além do pós- operação, a presença de Lula no Tocantins nesta terça-feira também pesou para a falta de quórum. O presidente da Casa, Amélio Cayres (Republicanos), por exemplo, acompanha a agenda em Xambioá.
