Gaeco apresenta denúncia contra 18 suspeitos por esquema de golpes eletrônicos no Tocantins

28 julho 2025 às 09h57

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Uma organização criminosa com base no Tocantins e atuação em diversos estados do país foi denunciada pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) por aplicar golpes virtuais. Ao todo, 18 pessoas foram apontadas como participantes do grupo, segundo denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e aceita pela Justiça.
A investigação começou após uma mulher de Palmas ser enganada por um golpista que se passou por seu filho em uma conversa de WhatsApp, em julho de 2020. Na ocasião, ela transferiu R$ 4.900,00 acreditando que ajudava o familiar com uma dívida urgente. O caso levou à quebra de sigilo de dados bancários e telefônicos, seguida de operação de busca e apreensão.
Com as provas reunidas, como celulares, cartões bancários e outros dispositivos, os investigadores conseguiram mapear o funcionamento da organização, identificar os envolvidos e suas funções no esquema.
De acordo com o MPTO, o grupo atuava de forma estruturada, com tarefas bem definidas, parte dos envolvidos era responsável por aplicar os golpes e a outra por movimentar o dinheiro obtido, por meio de contas bancárias cedidas à organização. A maioria dos investigados vive em Porto Nacional, onde também estavam registradas as contas utilizadas para receber os valores.
“A organização criminosa é composta por uma extensa rede de agentes, que recebiam os recursos bancários por meio de fraudes eletrônicas e os pulverizavam por meio de saques, transferências, pagamentos de boletos, operações em máquinas de cartões de crédito e outras transações, previamente organizadas e concatenadas.”, aponta um trecho da denúncia.
Entre os crimes listados pelo MPTO estão estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e coação no curso do processo. Vítimas foram identificadas em estados como Amapá, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins.