Com 4.096 Unidades Básicas de Saúde (UBS), a região Norte responde por 9,1% dos estabelecimentos que participaram do Censo Nacional das UBS 2024. Apesar de avanços na cobertura da atenção primária, a região ainda enfrenta problemas que prejudica o atendimento à população.

Grande parte dessas estruturas funciona em prédios próprios, 90,6%, acima da média nacional, que é de 85,3%. Ainda assim, quase dois terços (62,1%) precisam de reformas. Outras 9% estão em obras. E um dado que chama atenção: 15,5% das UBS do Norte relataram ter sido afetadas por desastres ambientais ou climáticos nos últimos cinco anos.

A estrutura física das unidades ainda é limitada e apenas 16,6% possuem sala específica para coleta de exames laboratoriais, enquanto 74,6% contam com sala de vacinação. Faltam também equipamentos básicos para o atendimento: 65% das unidades não têm esfigmomanômetro digital, e mais de um quarto (26,4%) ainda não dispõe de oxímetro.

Um oxímetro é usado para medir a saturação de oxigênio no sangue – Foto: Divulgação

Outro problema recorrente é a ausência de profissionais. Segundo o censo, 13,1% das UBS do Norte não têm médicos em sua equipe e 9,9% funcionam sem enfermeiros. A maioria das unidades (87,9%) possui equipes de Saúde da Família, mas 53,7% contam com apenas uma equipe. A atuação dos agentes comunitários de saúde é uma das mais consolidadas: 76,6% das UBS têm quatro ou mais profissionais nessa função.

Na saúde bucal, 74,4% das unidades disponibilizam cirurgiões-dentistas e em 82,7% há consultório odontológico, mas a oferta de procedimentos mais complexos, como endodontia e prótese, ainda é limitada.

No Tocantins, 444 unidades responderam ao levantamento. Destas, 410 são centros de saúde ou unidades básicas, 32 funcionam como postos de saúde, uma é classificada como centro de apoio à saúde da família e outra como unidade mista.