Mais um fazendeiro foi autuado pela Polícia Militar do Tocantins (PMTO) por crimes ambientais em Palmeiras do Tocantins. A nova ação da Operação Protetor dos Biomas, realizada na quinta-feira, 16, resultou em multas que somam R$ 566 mil por desmatamento e por impedir a regeneração de vegetação nativa em áreas de reserva legal e remanescentes.

A fiscalização, conduzida pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), ocorreu em uma propriedade localizada às margens da BR-226, no km 19, após alerta de desmatamento identificado por sensoriamento remoto. Durante a vistoria, os agentes constataram a supressão irregular de vegetação nativa em diferentes pontos da fazenda, sem a licença ambiental exigida.

De acordo com o relatório da PM Ambiental, as infrações incluem R$ 180 mil pela supressão de 35,8 hectares dentro da reserva legal, R$ 36 mil pela derrubada de 35,45 hectares em área remanescente e R$ 350 mil pela degradação de 69,17 hectares onde foi impedida a regeneração natural da vegetação nativa. As áreas degradadas foram embargadas e permanecerão interditadas até que haja regularização junto aos órgãos ambientais.

Um dia antes, outra propriedade do mesmo município já havia sido alvo da Operação, com multa de R$ 500 mil aplicada por desmatamento de quase 100 hectares de mata nativa em reserva legal. Com isso, o valor total das autuações em Palmeiras do Tocantins ultrapassa R$ 1 milhão em apenas dois dias.

Segundo o comandante-geral da PMTO, coronel Cláudio Thomaz Coelho de Souza, o uso de imagens de satélite tem sido decisivo no enfrentamento ao desmatamento no Tocantins. “A tecnologia nos permite atuar de forma precisa, identificando grandes áreas degradadas e responsabilizando quem comete crimes ambientais. Nossa mensagem é clara: não haverá tolerância com a destruição dos biomas tocantinenses”, afirmou.

A Operação Protetor dos Biomas é uma iniciativa nacional de combate ao desmatamento ilegal e conta, no Tocantins, com o apoio de órgãos de fiscalização estaduais e federais.