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O documentário "Doutor Araguaia" é dirigido por Edson Cabral e tem roteiro de Sônia Haas, irmã de João Carlos

O jogador sofreu um infarto durante uma partida nesta sábado, 12

O Tocantins está incluído na segunda macrorregião do projeto, junto com o Mato Grosso

A família autorizou a doação de seus orgãos após a confirmação de morte encefálica

Ilda Serrat dos Santos foi condenada a 16 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, pelo homicídio de Bruno Aparecido Bolbino, de 27 anos. O julgamento aconteceu na última sexta-feira (11), no Tribunal do Júri da Comarca de Paraíso do Tocantins.
O crime ocorreu em junho de 2024. De acordo com o Ministério Público do Tocantins (MPTO), Ilda ateou fogo diretamente em Bruno, que não teve chance de se defender. A acusação sustentou que o homicídio foi duplamente qualificado: pelo uso de fogo e por dificultar a defesa da vítima.
Durante a sessão, o MPTO foi representado pelo promotor de Justiça Rogério Mota, do Núcleo do Tribunal do Júri, e pela promotora substituta Anelise Schlickmann.
Segundo os laudos periciais e os depoimentos colhidos ao longo do processo, o crime aconteceu nas primeiras horas da manhã. A vítima foi surpreendida e atingida pelas chamas.
Além da pena de prisão, Ilda Serrat dos Santos também foi condenada a pagar R$ 50 mil de indenização aos pais da vítima, conforme determina o Código de Processo Penal.

Ele começou a se sentir mal na sexta-feira (11), durante um evento do PL no interior do Rio Grande do Norte

Em entrevista ao Jornal Opção Tocantins, secretário municipal de Igualdade Racial e Direitos Humanos de Palmas fala sobre sua atuação nos 100 dias de governo, trabalho nas periferias, fortalecimento de culturas marginalizadas e o papel institucional da gestão municipal

Além de aumentar as vagas em 31 cargos já existentes, a mudança também cria três novas funções

Arqueogenealogias do Discurso do Norte, do professor Thiago Barbosa Soares, da Universidade Federal do Tocantins, é uma obra de fôlego, comprometida não apenas com a análise crítica da linguagem, mas com o desvelamento dos mecanismos de poder que se infiltram silenciosamente nos discursos que moldam a realidade sociopolítica do Tocantins.
Mais do que um exercício acadêmico, o livro, publicado pela Pontes Editores, configura-se como uma tomada de posição: um gesto de resistência discursiva frente às verdades estabelecidas e às naturalizações que, cotidianamente, sustentam relações de dominação.
A partir da perspectiva da Análise Arqueogenealógica do Discurso — em forte diálogo com o pensamento de Michel Foucault —, o autor empreende um trabalho minucioso de escavação e desnaturalização dos enunciados midiáticos e políticos que circulam na região Norte, com ênfase particular no Estado do Tocantins.
Em cada capítulo, há um esforço contínuo de compreender como os discursos não apenas
refletem a realidade, mas sobretudo a produzem, disciplinando corpos, modelando subjetividades, e orientando condutas. Os conceitos que ancoram a análise — como governamentalidade, episteme,
dispositivo, objetivização e unidade de discurso — não são meramente evocados como
jargões acadêmicos, mas colocados a serviço de uma crítica que é ao mesmo tempo
epistemológica e política.
O autor demonstra, com clareza teórica e sofisticação metodológica, como o discurso opera como campo de forças, como prática que incide sobre o real, instaurando verdades e apagando dissensos.
Ao longo dos capítulos, o autor percorre um amplo espectro temático, abordando desde o discurso político-midiático palmense até questões de gênero, raça, religião, segurança e educação, sempre com um olhar atento às articulações entre linguagem, poder e subjetivação. Em sua análise da matéria sobre a gestão do prefeito Eduardo Siqueira Campos, por exemplo, evidencia-se a tensão entre discursos de matriz populista e burocrática, em uma tessitura que revela as disputas pela legitimidade do poder local.
Já no estudo sobre a cobertura midiática da premiação do humorista Paulo Vieira, o autor desvela as estratégias de apagamento e a constituição de uma narrativa meritocrática que desconsidera as estruturas desiguais de acesso e visibilidade.
Cada capítulo atua como uma espécie de laboratório analítico em que o discurso é dissecado com precisão quase cirúrgica. Ao tratar da transparência pública, da militarização das escolas, das desigualdades de gênero, ou das representações raciais em eventos escolares, o autor não apenas interpreta o enunciado — ele o historiciza, o tensiona, o coloca em confronto com outros saberes e práticas que lhe dão sustentação ou resistência. Assim, a obra adquire também um valor pedagógico: ela ensina a ler o discurso em sua densidade política e histórica, a perceber o que está em jogo quando se fala — e, sobretudo, quando se cala.
Há ainda um mérito estético e ético que perpassa todo o texto: a escrita é ao mesmo tempo rigorosa e sensível, crítica e generosa, marcada por um compromisso com a escuta atenta das vozes que se fazem presentes e, principalmente, daquelas que são silenciadas nos discursos hegemônicos. A análise não se contenta em descrever — ela interpela, provoca, desloca certezas. O autor convida o leitor a sair do conforto da interpretação neutra para adentrar um território de disputa, onde a linguagem é sempre atravessada por interesses, ideologias e estratégias de subjetivação.
Arqueogenealogias do Discurso do Norte não é apenas um livro sobre o Tocantins — é uma lente afiada para se pensar o Brasil. Ao examinar discursos locais, o autor ilumina estruturas mais amplas que operam em escala nacional, revelando como os jogos de saber-poder se atualizam nas narrativas que permeiam o cotidiano, especialmente nas regiões historicamente periféricas no imaginário nacional.
Nesse sentido, a obra contribui decisivamente para uma descentralização epistemológica: ela mostra que há pensamento potente, crítico e inovador vindo do Norte, e que esse pensamento tem muito a ensinar sobre os modos como o discurso se entrelaça com a vida social. Como disse a prefaciadora, querida amiga do autor deste livro, a quem ele agradece publicamente o gentil texto de abertura, boa leitura a todos!
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Ele recebia veículos para serviços de manutenção ou reparos, mas se apropriava dos bens e desaparecia, revendendo-os a terceiros