Palmas perdeu seis posições no Ranking do Saneamento 2025, divulgado nesta segunda-feira, 15, pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a GO Associados. A capital tocantinense caiu do 28º lugar em 2024 para a 34ª posição neste ano, em um universo de 100 maiores cidades brasileiras avaliadas. Apesar da queda, Palmas ocupa a 17ª colocação entre as 27 capitais brasileiras, à frente de todas as cidades da região norte.

Segundo a análise, apesar de bons índices de abastecimento de água e cobertura de esgoto, a cidade ainda precisa avançar no volume de esgoto tratado e no valor de investimentos anuais per capita para alcançar a universalização dos serviços até 2033.

De acordo com o relatório, 97,92% da população de Palmas é atendida com rede de abastecimento de água, praticamente universalizado. No indicador de coleta de esgoto, a cidade alcança 78,31% de cobertura, acima da média nacional, mas ainda distante da meta de 90%. No ano anterior, a coleta de esgoto era de 89,96% na capital palmense, redução de 8,59%.

No tratamento de esgoto, o município ficou com 66,79%, acima da média nacional de 51,80%. O tratamento de esgoto aumentou 3,90%, considerando o número informado no ano anterior que era de 64,48%.

Questionada sobre os resultados do levantamento, a BRK Ambiental, empresa responsável pelo fornecimento de água na capital, afirmou ao Jornal Opção Tocantins que os dados do Ranking do Saneamento “reforçam o compromisso da concessionária com a melhoria contínua dos sistemas de água e esgoto no Tocantins”. 

Investimentos

Nos últimos cinco anos, Palmas investiu, em média, R$ 182,11 por habitante em saneamento, considerando recursos públicos e privados. O valor fica abaixo do recomendado pelo governo federal, de R$ 223,82 por habitante ao ano para alcançar a universalização.

Perdas de água 

O relatório indica que Palmas apresenta perdas na distribuição de água de 29,36%, número abaixo da média nacional de 39,45% e já próximo da meta de 25% fixada pelo Ministério das Cidades.

Nas perdas por ligação, o índice foi de 176,60 litros por ligação/dia, também melhor que a média das capitais, sendo um dos 20 melhores com menor perda de água por ligação, mantendo-se à frente da meta estabelecida na Portaria 490/2021 que é de 216 L/ligação/dia.

Faturamento

Entre 2019 e 2023, Palmas apresentou um aumento nas perdas no faturamento relacionadas à distribuição de água, crescendo 13,70 pontos percentuais, o que representa uma variação de 72,95%. Diferentemente da tendência de leve redução observada na média das capitais brasileiras, Palmas enfrenta desafios crescentes para controlar essas perdas, refletindo a necessidade de aprimorar a gestão do sistema de água, reduzir vazamentos e aumentar a eficiência na medição e faturamento para garantir a sustentabilidade do abastecimento na cidade.