Palmas tem metade da área urbana arborizada e serve de estudo-piloto do IBGE

09 setembro 2025 às 12h28

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Nesta segunda-feira, 8, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou proposta inédita para mapear áreas verdes urbanas no Brasil. Palmas e Guarulhos (SP) foram escolhidos como áreas-teste por serem regionalmente diferentes. A partir dos resultados desta investigação, a equipe da Diretoria de Geociências (DGC) do IBGE planeja avaliar com outros pesquisadores e interessados, uma proposta metodológica que abranja todo o território nacional.
Com o mapeamento e pesquisa base inicial, o algoritmo poderá ser aprimorado para ser aplicado em todo o Brasil. “O mapeamento foi proposto considerando a disponibilidade de insumos e a simplicidade de processamento, e, com isso, podemos chegar a um dado de qualidade para todo Brasil. Assim, a partir de uma primeira versão e de sua validação, o próprio mapeamento pode servir como entrada para treinar algoritmos de inteligência artificial, que poderão permitir uma atualização do mapeamento mais automatizada”, explicou a responsável técnica da pesquisa, Manuela Alvarenga.
De acordo o IBGE, na capital do Tocantins foram identificados 5.137 hectares de áreas verdes urbanas, o que representa 49,11% do total de áreas urbanizadas da cidade, considerando a área de mapeamento com o entorno de 800m do centro urbano. Considerando apenas às áreas intraurbanas, as áreas verdes urbanas reduzem para 977,99 hectares, e assim entre os recortes intraurbanos e periurbanos as áreas verdes diminuem cerca de 80%, por causa da grande extensão sem moradias ou áreas construídas que ocasionam em grandes extensões de matas ciliares de rios tributários ao Rio Tocantins que cruzam a cidade e não são consideradas áreas urbanizadas.
Já em Guarulhos, foram reconhecidos 7.096,37 hectares de áreas verdes urbanas, o que representa 45% das áreas urbanizadas do município, levando em conta a área de 800m em torno do centro urbano. E ao considerar apenas as áreas verdes intraurbanas, o tamanho reduz para 6.036,73 hectares, proporção de 38% das áreas urbanizadas da cidade.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística informa que a metodologia executada nesta investigação utilizou a definição de Áreas Verdes Urbanas do Código Florestal Brasileiro, que considera áreas públicas ou privadas de vegetação (natural ou recuperada), que possuem uma destinação no planejamento urbano diferente de loteamentos e moradias. A delimitação segue o padrão internacional da Organização das Nações Unidas (ONU)-Habitat pautado em densidade demográfica e tamanho da população em áreas contínuas. Além disso, foi proposta a utilização de dados de cartografia colaborativa, que indicam a presença de áreas verdes diversas para identificação preliminar, cruzados com outros de imagens de satélite, que indicaram a presença de vegetação.
Mireia Carvalho cumpre estágio obrigatório por meio do convênio firmado entre o Jornal Opção e a Universidade Federal do Tocantins (UFT), sob supervisão de Elâine Jardim.