PL suspende salário e atividades partidárias de Jair Bolsonaro após condenação no STF
Redação
28 novembro 2025 às 07h46
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O Partido Liberal (PL) decidiu suspender, nesta quinta-feira, 27, todas as atividades partidárias de Jair Bolsonaro, incluindo o salário que ele recebia como presidente de honra da sigla. A medida foi adotada após o Supremo Tribunal Federal (STF) concluir definitivamente o processo que resultou na suspensão dos direitos políticos do ex-presidente.
A determinação foi formalizada em comunicado assinado pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Ele afirmou que o partido está cumprindo as exigências legais decorrentes da Ação Penal 2668, que restringe a atuação política de Bolsonaro. “Por força da lei e diante da suspensão de seus direitos políticos, as atividades partidárias do nosso Presidente de Honra também ficam suspensas, assim como a remuneração”, diz o texto divulgado pela sigla.
Bolsonaro perde salário partidário, mas mantém benefícios previstos em lei
Desde sua filiação ao PL, em 2021, Bolsonaro recebia um salário mensal de R$ 46.366,19 brutos, valor equivalente ao de um deputado federal. Com o afastamento, esse pagamento será interrompido.
O partido informou, porém, que Bolsonaro continuará recebendo benefícios independentes do vínculo partidário: a aposentadoria parlamentar e a pensão militar, que somam R$ 37.041,11 líquidos.
Situação prisional
O afastamento ocorre enquanto Bolsonaro cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Ele está preso desde sábado (22) e passou do regime de prisão preventiva para o regime fechado na terça-feira (25), após o STF determinar o início da execução da pena de 27 anos e 3 meses.
O ex-presidente foi condenado por tentativa de golpe de Estado e por liderar uma organização criminosa que atuou para impedir a posse do vencedor das eleições e para desestabilizar o Estado Democrático de Direito.
Vínculo com o PL
Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal em novembro de 2021, após deixar o PSL. Desde então, passou a ser a principal figura da sigla, papel que agora fica interrompido devido à condenação e aos efeitos legais que impedem sua atuação política.
