Dados coletados entre janeiro e novembro de 2025 pelos agentes de combate às endemias (ACEs) da Prefeitura de Palmas apontam que a maior parte dos criadouros do Aedes aegypti permanece dentro das casas. Nas visitas realizadas em 422.585 imóveis, 1.242 focos foram encontrados em residências, o equivalente a 76,14% do total.

No mesmo período, os ACEs inspecionaram 303.455 casas, 41.213 estabelecimentos comerciais, 45.141 terrenos baldios, 2.807 pontos estratégicos e 29.969 outros imóveis, como escolas e prédios públicos. Os levantamentos também identificaram criadouros em 145 comércios (8,89%), 44 terrenos baldios (2,69%), 127 pontos estratégicos (7,78%) e 73 outros locais (4,47%).

A secretária municipal de Saúde, Dhieine Caminski, destaca que a persistência dos focos dentro das residências exige participação direta dos moradores. Ela lembra que a eliminação de criadouros depende de ações simples, como vistoria semanal de áreas internas e externas, limpeza de calhas e caixas d’água e retirada de recipientes que acumulam água.

As equipes seguem realizando visitas periódicas, orientações e ações educativas, consideradas essenciais para reduzir a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Capacitação de brigadistas

Como parte das estratégias de prevenção, a Secretaria Municipal de Saúde promoveu nesta semana o Curso de Brigadistas de Combate ao Aedes, realizado no 22º Batalhão de Infantaria Mecanizado (BIM). A iniciativa é resultado de parceria com o Governo do Estado, com foco no fortalecimento das ações de vigilância e educação em saúde.

Foram capacitados 78 militares, treinados para identificar focos, orientar moradores e atuar no manejo adequado de recipientes. A formação integra as ações do programa Vetor Zero, que busca ampliar a rede de apoio no enfrentamento ao mosquito em Palmas.