PT do Tocantins critica retorno de Wanderlei e diz que decisão do STF “não muda opinião sobre governo marcado por corrupção”
05 dezembro 2025 às 14h55

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O presidente estadual do PT no Tocantins, Nile William, reagiu à decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou o afastamento do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e determinou seu retorno imediato ao cargo. Para o dirigente, embora o partido respeite a autoridade judicial, a liminar não altera a avaliação política que a sigla faz da atual gestão.
“Respeitamos a decisão do STF, mas isso não muda a nossa opinião sobre um governo que é alvo de corrupção por desvio de cesta básica durante a pandemia, gente que se enriqueceu às custas da fome do nosso povo”, afirmou William. Ele também classificou a administração estadual como alinhada “ao que existe de pior da política brasileira, ao campo bolsonarista”.
A declaração ocorre no contexto da Operação Fames, que investiga supostos desvios em contratos de cestas básicas firmados entre 2020 e 2021. Wanderlei sempre negou qualquer envolvimento irregular.
Alianças mantidas e foco no ‘campo do Lula’
Sobre eventuais impactos da decisão nas alianças políticas locais, especialmente em relação aos arranjos feitos pelo partido na gestão estadual, William disse que a prioridade segue sendo a construção de um bloco alinhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“O nosso compromisso é construir o campo do Lula. É esse o nosso compromisso”, resumiu.
Com a liminar de Nunes Marques, estão suspensas todas as cautelares impostas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), incluindo o afastamento de 180 dias. A decisão tem efeito imediato, embora ainda dependa de análise posterior pela 2ª Turma do STF.
