Entre janeiro e maio de 2025, o Tocantins registrou 30 afogamentos com morte, segundo boletim do Corpo de Bombeiros Militar do Estado. Os dados revelam que os meses mais críticos foram março, com 8 ocorrências, e abril, com 7. As mortes aconteceram em diferentes regiões do estado, com destaque para áreas de rios, onde ocorreram 31% dos casos.

O perfil das vítimas chama atenção: 90% eram homens, e 68% sabiam nadar. Ainda assim, o comportamento de risco aparece como um dos principais fatores associados aos afogamentos, presente em 36% dos registros. O consumo de álcool também foi apontado em 38% das ocorrências, e 31% das mortes aconteceram após a alimentação.

As crianças também estão entre as vítimas. Do total, 27% tinham menos de 12 anos. Outro dado preocupante é que nenhum dos locais onde os acidentes ocorreram contava com a presença de guarda-vidas, e apenas 13% tinham placas com orientações de segurança.

A maioria dos casos ocorreu em locais com até dois metros de profundidade (36%) e a uma distância de até cinco metros da margem (55%). Mesmo em condições aparentemente controladas, a ausência de medidas preventivas se mostrou determinante.

O relatório ainda aponta que 30% das vítimas apresentavam algum transtorno mental, 18% eram epilépticas e 7% tinham histórico de problemas cardíacos. Houve também casos registrados durante a pesca (12%), em acampamentos (13%) e envolvendo turistas ou visitantes (20%). Parte significativa dos acidentes aconteceu à noite (20%).

A corporação reforça que a prevenção é a principal ferramenta para reduzir os casos. Evitar o consumo de álcool antes de entrar na água, respeitar o tempo de digestão após refeições, observar as condições do ambiente e manter atenção redobrada com crianças são atitudes fundamentais para a segurança.

Fonte: TC Antonio Luis Soares da Silva