Secretário da Fazenda diz que operação de R$ 1,7 bi do governo estadual com Banco do Brasil se trata de renegociação de dívidas já existentes

16 outubro 2025 às 15h03

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O secretário da Fazenda do Tocantins, Jairo Mariano, afirmou ao Jornal Opção Tocantins que o projeto de lei encaminhado pelo governo à Assembleia Legislativa, que autoriza operação de crédito de até R$ 1,7 bilhão junto ao Banco do Brasil, não representa a contratação de um novo empréstimo, mas a renegociação de cinco operações já existentes.
Segundo o gestor, o objetivo é reperfilhar a dívida, obtendo juros menores e ampliação do prazo de carência para aliviar o caixa do Estado. “Nós não estamos pegando dinheiro novo, não. Estamos renegociando com o banco, conseguindo uma taxa menor do que a que foi feita no passado e garantindo um fôlego também na carência do pagamento”, explicou Mariano em entrevista.
O secretário destacou que o governo busca adiar o início dos pagamentos para 2027, de modo a “dar um fôlego”, considerando a previsão de déficit financeiro para o final deste ano. “É exclusivamente para a renegociação dessas cinco operações já feitas no passado. Não tem nada de dinheiro novo”, reforçou.
Mariano explicou ainda que o projeto inclui uma margem técnica — entre R$ 5 e R$ 10 milhões — para ajustar a movimentação diária das dívidas e atender exigências operacionais do Banco do Brasil. “A gente até coloca a questão de investimento lá, porque, como a dívida se movimenta diariamente, não dá para colocar um valor fixo que não suporte as cinco operações. Então colocamos um valor a mais apenas para ajustar”, afirmou.O secretário também negou qualquer intenção de aumentar o endividamento estadual. “É só um reperfilamento, não tem nada de operação nova. O Estado está fazendo isso para melhorar o perfil da dívida, reduzir o custo e garantir capacidade de investimento nos próximos anos”, pontuou.