Seduc diz que contratos extintos eram de servidores excedentes e que medida vai economizar mais de R$ 2 milhões por mês
05 novembro 2025 às 09h14

COMPARTILHAR
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) divulgou nota nesta quarta-feira, 5,esclarecendo os motivos da extinção de 1.127 contratos temporários e 14 cargos comissionados, publicada no Diário Oficial do Estado da última terça-feira, 4. Segundo o governo, a medida faz parte de um processo de reorganização administrativa que busca “otimizar os recursos públicos e garantir eficiência e transparência na gestão educacional”.
O ato, oficializado no Ato Declaratório de Extinção nº 825/2025, havia causado repercussão após vir a público em meio à série de ajustes orçamentários adotados pela atual gestão, comandada pelo governador em exercício Laurez Moreira. A Secretaria da Educação, porém, nega que o corte de contratos vá gerar prejuízo às escolas da rede estadual.
De acordo com o secretário da Educação, Hercules Jackson, os servidores desligados eram excedentes, ou seja, não estavam modulados no quadro funcional da Seduc. Na prática, isso significa que esses profissionais não estavam vinculados a uma escola específica ou a uma função ativa, mesmo continuando com o contrato vigente e recebendo normalmente.
O gestor afirmou ainda que a decisão busca corrigir distorções e respeitar princípios como legalidade e economicidade. “Identificamos situações em que havia servidores excedentes em determinados setores, sem prejuízo para o funcionamento da escola. Assim, estamos promovendo uma reorganização que preza pela legalidade, pela economicidade e pelo interesse público”, completou.
Economia e contexto fiscal
Segundo a Seduc, a medida deve gerar uma economia mensal de aproximadamente R$ 2,7 milhões, recursos que, conforme o governo, serão redirecionados para ações prioritárias da educação, como manutenção das escolas, formação de professores e investimentos pedagógicos.
A decisão ocorre em meio a um cenário de crise orçamentária enfrentado pelo Estado, reconhecido pelo próprio governo como um dos maiores desafios da atual gestão. Desde outubro, a administração interina tem promovido revisões de contratos e cortes de despesas em várias pastas, incluindo Educação, Saúde e Fazenda.
Leia mais:
- Aleto aprova reajuste de 4,83% para servidores do Poder Judiciário e criação de cargos na vice-presidência
- Caso de desvio milionário em construtoras do Tocantins chega ao STF e levanta suspeita de envolvimento político
- Prefeito de Araguatins e deputado Wiston Gomes trocam acusações sobre reforma da rodoviária do município
- Neto do deputado federal Antônio Andrade assume cargo de secretário extraordinário na gestão de Laurez
- Um dia depois de reportagem, Wanderlei muda o tom e volta a seguir deputados antes ignorados
