Terremoto mais forte desde 2011 atinge a Rússia e provoca alerta para ondas gigantes em vários países

30 julho 2025 às 07h43

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Um terremoto de magnitude 8,8 foi registrado na costa da Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, na manhã desta quarta-feira, 30, no horário local. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o epicentro foi localizado no oceano, a cerca de 320 km da costa, com profundidade de 36 km.
Esse é o tremor mais intenso no mundo desde o grande terremoto de 2011 no Japão, que causou um tsunami devastador e o colapso da usina nuclear de Fukushima.
O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico emitiu alertas para várias regiões, incluindo Japão, Havaí, Alasca, partes do Canadá e da costa oeste dos Estados Unidos. Ondas de até 4 metros atingiram áreas costeiras pouco habitadas da Rússia, enquanto o Japão registrou ondas menores, de até 1,2 metro, nas regiões de Hokkaido e Aomori.
Cerca de 20 mil pessoas foram evacuadas em áreas de risco no Japão. Nos Estados Unidos, praias foram interditadas em estados como Havaí e Califórnia por precaução.
Pelo menos 12 cidades da região de Kamchatka relataram prejuízos estruturais e falta de energia elétrica. Até o momento, não há confirmação de vítimas. Kamchatka está localizada no “Círculo de Fogo do Pacífico”, uma região conhecida por sua intensa atividade sísmica e vulcânica. Em 1952, essa mesma área registrou um terremoto ainda mais forte, de magnitude 9,0.
Comparação com outros grandes tremores
Com magnitude 8,8, o terremoto na Rússia entra para a lista dos mais fortes registrados nas últimas décadas, ao lado de eventos como:
- Japão (2011) – 9,1 graus e mais de 18 mil mortes;
- Indonésia (2004) – 9,1 graus e mais de 280 mil mortes;
- Chile (2010) – 8,8 graus e mais de 500 mortes;
- Alasca (1964) – 9,2 graus;
- Chile (1960) – 9,5 graus, o mais forte já medido.
De acordo com autoridades do Pacífico, o risco de marés altas e correntes marítimas anormais continua nas próximas 24 horas, mesmo com a redução da força das ondas. A orientação é que moradores de áreas costeiras fiquem atentos às recomendações locais e evitem o mar.