Tocantins é o 8º estado com maior índice de homicídios ocultos no Brasil

O Tocantins ocupa a 8ª posição no ranking nacional de homicídios ocultos, com 2,2 mortes violentas com intenção indeterminada por 100 mil habitantes. Os dados, levantados pelo Estadão, revelam a presença significativa desse tipo de ocorrência no estado em comparação ao restante do país.

O estado com a maior taxa é São Paulo, que registra 4,4 homicídios ocultos por 100 mil habitantes. Em seguida vêm Roraima (3,5), Rio Grande do Norte (3,1), Ceará (3,0), Pernambuco (2,9), Mato Grosso do Sul (2,6) e Minas Gerais (2,3). Logo depois está o Tocantins (2,2), à frente de Alagoas (1,9) e Mato Grosso (1,9), que completam os dez primeiros.

Na outra ponta do ranking, os menores índices de homicídios ocultos são registrados na Paraíba (0,3), Amazonas (0,4), Distrito Federal (0,6) e Santa Catarina (0,6).

Com 2,2 homicídios ocultos por 100 mil habitantes, o Tocantins tem o índice mais alto da região Norte depois de Roraima (3,5) e do Pará (1,0). Rondônia apresenta 0,9, Acre não registra homicídios ocultos, e o Amapá tem 1,5.

Os dados mostram que há uma concentração maior dos homicídios ocultos em alguns estados específicos, sobretudo nas regiões Sudeste e Nordeste, com São Paulo, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Minas Gerais entre os primeiros colocados. Já estados do Centro-Oeste e do Norte têm índices variados — caso do Mato Grosso do Sul (2,6), Mato Grosso (1,9), Roraima (3,5) e Tocantins (2,2).

As taxas nacionais variam de zero (caso do Acre) a mais de quatro homicídios ocultos por 100 mil habitantes (São Paulo). Dos 27 entes federativos, apenas nove superam a marca de 2 homicídios ocultos por 100 mil habitantes: São Paulo, Roraima, Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Alagoas.

Panorama geral

O levantamento indica que o Brasil tem padrões distintos para mortes violentas com intenção indeterminada, com diferenças expressivas entre as unidades da federação. As variações podem estar relacionadas a múltiplos fatores, como classificação de ocorrências e sistemas estaduais de registro, mas o ranking mostra de forma objetiva quais estados concentram mais casos por 100 mil habitantes.

Ranking por homicídios ocultos (por 100 mil habitantes)