Tocantins está entre os 15 estados que melhor usam o dinheiro dos impostos, diz estudo

06 agosto 2025 às 10h50

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O Tocantins ficou em 13º lugar entre os 27 estados no Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (Irbes), que mede como os governos estaduais aplicam os tributos arrecadados em benefício da população. O estudo foi elaborado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) e obtido pela Folha de S.Paulo.
A avaliação considera dois critérios principais: a carga tributária estadual em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com maior peso para este último. O objetivo é medir não apenas quanto os estados arrecadam, mas o quanto conseguem transformar essa arrecadação em qualidade de vida, especialmente nas áreas de saúde e educação.
Em 2022, ano-base do levantamento, o Tocantins alcançou 166,19 pontos, à frente de outros estados da região Norte e Nordeste. No ano anterior, o estado havia ficado em 10º lugar, o que indica uma leve queda, embora siga entre os 15 com melhor desempenho no país.
Ranking
Apesar de não estar entre os estados que mais arrecadam, o Tocantins apresentou desempenho superior ao de unidades federativas com economia mais robusta, como Maranhão, Pará e Bahia, que aparecem entre os últimos colocados do ranking.
De acordo com o estudo, o Irbes não leva em conta repasses federais, apenas o que cada estado arrecada diretamente com impostos. Os dados foram cruzados com informações do IBGE, Confaz e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), compondo a terceira edição da pesquisa. Veja a lista de melhores e piores arrecadações abaixo:
Posição atual | Estado | Irbes | Carga/PIB | IDH | Posição anterior |
---|---|---|---|---|---|
1º | Distrito Federal | 182,33 | 3,68% | 0,842 | 1º |
2º | São Paulo | 176,29 | 7,68% | 0,825 | 2º |
3º | Rio de Janeiro | 176,07 | 4,92% | 0,785 | 4º |
4º | Santa Catarina | 172,44 | 8,74% | 0,794 | 3º |
5º | Rio Grande do Sul | 172,11 | 8,43% | 0,786 | 7º |
6º | Paraná | 171,12 | — | — | 5º |
7º | Minas Gerais | 169,07 | — | — | 6º |
8º | Espírito Santo | 168,58 | — | — | 9º |
9º | Goiás | 167,95 | — | — | 14º |
10º | Mato Grosso | 167,56 | — | — | 13º |
11º | Amapá | 167,26 | — | — | 11º |
12º | Rio Grande do Norte | 166,74 | — | — | 19º |
13º | Tocantins | 166,19 | — | — | 10º |
14º | Mato Grosso do Sul | 166,17 | — | — | 15º |
15º | Acre | 166 | — | — | 8º |
16º | Ceará | 165,74 | — | — | 12º |
17º | Sergipe | 165,61 | — | — | 17º |
18º | Rondônia | 165,3 | — | — | 26º |
19º | Roraima | 164,74 | — | — | 18º |
20º | Piauí | 164,18 | — | — | 22º |
21º | Pernambuco | 164,03 | — | — | 20º |
22º | Amazonas | 163,58 | — | — | 27º |
23º | Paraíba | 163,57 | 9,87% | 0,705 | 21º |
24º | Bahia | 163,51 | 10% | 0,706 | 23º |
25º | Alagoas | 163,12 | 8,64% | 0,683 | 25º |
26º | Pará | 163,02 | 10,36% | 0,705 | 16º |
27º | Maranhão | 162,08 | 9,03% | 0,676 | 24º |