O desmatamento na Amazônia e no Cerrado voltou a registrar queda pelo segundo ano consecutivo, segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes). No período de agosto de 2024 a julho de 2025, a Amazônia teve 5.796 km² desmatados, 11,08% a menos que no ciclo anterior, enquanto o Cerrado perdeu 7.235 km², uma redução de 11,49%.

Entre os Estados da Amazônia Legal, o Tocantins se destacou, com queda de 62,5% no desmatamento, a maior do período. A seguir aparecem o Amapá, com redução de 48,1%, e Roraima, com 37,3%. Apenas o Mato Grosso registrou aumento no desmate, de 25%. Já o Pará, sede da COP-30, reduziu 12,4% da área desmatada, mas continua como o maior desmatador do bioma.

No Cerrado, o Maranhão foi o Estado com maior área suprimida, com 2.006 km². Entre 2022 e 2025, o Brasil evitou o desmatamento de 1,3 milhão de hectares na Amazônia e 564,3 mil hectares no Cerrado, evitando a emissão de 733,9 milhões de toneladas de CO2 — volume equivalente às emissões da França e da Espanha em 2022.

O governo federal reafirma o compromisso de zerar o desmatamento até 2030, enquanto o país se prepara para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-30), em Belém. A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ressaltou que a redução nos índices fortalece a posição do Brasil nas negociações internacionais sobre clima.