Tocantins se destaca no Prêmio Sebrae Amazônia de Música com duas premiações

Agosto terminou com reconhecimento da diversidade musical da Amazônia com a realização do Prêmio Sebrae Amazônia de Música, no último dia 26, no Theatro da Paz, em Belém-PA. A premiação contou com 28 vencedores em 16 categorias e reuniu artistas de nove estados da região. O Tocantins marcou presença com quatro finalistas e conquistou dois troféus: Jèff Jacom´e venceu como “Melhor Artista de Rock” e o grupo Moia Cumbia foi premiado como “Melhor Artista Sonoridades Amazônicas”.

Durante seu discurso, Nahuel Estela, representante do Moia Cumbia, destacou a importância do trabalho autoral do grupo palmense. “Saudamos os mestres, mas prezamos pelo som autoral, pela criação de uma cúmbia do cerrado tocantinense”, afirmou. Já Jèff Jacom´e, natural de Porto Nacional, ressaltou a força da música como instrumento de expressão: “Enquanto tiver desconserto no mundo, haverá um rockeiro escrevendo músicas e lutando contra o sistema”.

O Prêmio Sebrae Amazônia de Música 2025 recebeu 229 inscrições, das quais 87 chegaram à final. Os vencedores foram escolhidos por uma curadoria formada por nove especialistas, um representante de cada estado da Amazônia Legal (PA, AM, AP, AC, RO, RR, MT, MA e TO). A curadoria do Tocantins ficou a cargo da jornalista, cantora e assessora artística Shelsea Lima, que participou da cerimônia em Belém. Ela ressaltou a relevância do prêmio para evidenciar a riqueza cultural da região. “Representar o Tocantins nesta seletiva foi honroso e uma experiência transformadora, especialmente como artista”, afirmou.

A edição deste ano homenageou a cantora Joelma pelos 30 anos de carreira. Durante a cerimônia, artistas da região apresentaram releituras de sucessos da cantora, e houve ainda uma menção ao Mestre Damasceno, que faleceu no dia da premiação, 26 de agosto, Dia Municipal do Carimbó.

O evento foi organizado pela Oriente Multi Produções e Milk Produções, com patrocínio do Sebrae, Banpará e Equatorial Pará, por meio da Lei Semear (Fundação Cultural do Pará) e da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Rouanet).