Tornozeleira eletrônica de Bolsonaro é substituída após apontar violação, dizem investigadores
22 novembro 2025 às 17h32

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A Polícia Federal registrou durante a madrugada deste sábado, 22, a necessidade de substituir a tornozeleira eletrônica utilizada por Jair Bolsonaro, após o sistema apontar uma violação considerada grave, segundo investigadores. Os agentes informaram que a ocorrência que embasou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, não teve ligação com falta de bateria.
Na decisão que ordenou a prisão preventiva, Moraes mencionou a existência de risco concreto de fuga. Ele citou um alerta emitido pelo Centro de Monitoração do Distrito Federal, que registrou violação do equipamento às 0h08 deste sábado. Os investigadores explicam que os sinais de baixa bateria e de tentativa de rompimento são distintos e que, no caso de Bolsonaro, foi detectado um alerta de violação. Segundo eles, houve tentativa de retirar a carcaça da tornozeleira com materiais de soldagem. A Polícia Federal realizará perícia.
O ministro também apontou que a convocação de uma vigília no condomínio do ex-presidente, feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), poderia provocar aglomeração, tumulto e possibilitar eventual fuga. Moraes considerou que a movimentação comprometia a efetividade da prisão domiciliar que Bolsonaro cumpria desde agosto.
A prisão decretada é preventiva e não tem relação direta com a condenação pelo envolvimento na tentativa de golpe de Estado, na qual Bolsonaro recebeu pena superior a 27 anos. O caso ainda não transitou em julgado e segue na fase de recursos apresentados pela defesa. Moraes determinou que o cumprimento da ordem ocorresse sem exposição midiática e sem uso de algemas, com objetivo de preservar a dignidade do ex-presidente.
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