O União Brasil e o Partido Progressistas formalizaram nesta terça-feira, 19, em convenção realizada em Brasília, a criação da federação União Progressista (UB-PP). O novo estatuto será enviado à Justiça Eleitoral para conclusão da aliança. O evento contou com a presença de governadores, parlamentares e lideranças políticas de diversos partidos, incluindo o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes.

O presidente do UB, Antônio Rueda, que deve assumir a presidência da federação, destacou em sua fala o papel de Caiado no projeto: “Caiado tem que levar conforto à população, as pessoas não aguentam mais os extremos. Ele vai ter uma missão pela frente como pré-candidato da federação”. Caiado já havia lançado sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto em abril, em Salvador, e vem articulando uma candidatura própria, incluindo possível aliança com o PL, que poderia apoiar Daniel Vilela para governador de Goiás.

Durante o evento, Caiado enfatizou a necessidade de que o partido tenha posição clara: “Partido tem que ter lado. O hibridismo dá certo na agricultura. Partido tem que ter rumo, posição clara. Sabemos que para vencer a crise no país é preciso que o partido lance candidato, tenha posição clara e saiba que a solução é derrotar o Lula na eleição de 2026. Não tem outra solução para o país”.

Entre os nomes cotados para disputar a presidência em 2026, Tarcísio de Freitas representa a base bolsonarista e ainda avalia se disputará a eleição nacional ou se concentrará na reeleição em São Paulo. Ciro Gomes, que está de saída do PDT e aproxima-se do PSDB, participou do evento como “visita de cortesia”, elogiando a iniciativa da federação e a pré-candidatura de Caiado.

A presença dos três políticos na mesma mesa chamou atenção pelo simbolismo: três nomes gabaritados e potenciais candidatos à presidência em 2026. A formalização da UB-PP representa uma tentativa de consolidar força política e lançar candidatura própria, com ênfase em ampliar a atuação fora dos extremos políticos atuais.