O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, concedeu na noite desta quinta-feira, 24, liberdade ao advogado Antônio Ianowich Filho e ao policial civil Marco Augusto Velasco Nascimento Albernaz. Ambos estavam presos preventivamente desde 27 de junho, junto com o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), no âmbito de uma das fases da Operação Sisamnes, que apura o vazamento de informações sigilosas da Justiça.

A decisão de Zanin contrariou manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que havia se posicionado contra a revogação das prisões. A expectativa é que os alvarás de soltura sejam cumpridos ainda nesta quinta-feira.

Até então, apenas o prefeito havia sido beneficiado por decisão do STF. No último dia 18, Zanin autorizou seu retorno ao cargo, com base em parecer favorável da PGR, laudos médicos e documentos da Polícia Militar do Tocantins que indicavam a falta de estrutura adequada para mantê-lo em regime prisional. Eduardo cumpre medidas cautelares, como proibição de contato com outros investigados e de sair do país.

Já os pedidos de liberdade feitos por Ianowich e Albernaz haviam sido rejeitados inicialmente ou aguardavam manifestação da PGR. A defesa de Albernaz argumentava que ele estava afastado da função policial há anos e enfrentava problemas de saúde, o que justificaria prisão domiciliar por razões humanitárias. Já Ianowich alegava ser provedor de filhos menores e possuir saúde frágil.

O advogado Thiago Barbosa, sobrinho do governador Wanderlei Barbosa, é o único investigado no âmbito da mesma operação que permanece preso. No último dia 18, completaram quatro meses que ele se encontra encarcerado na Unidade Prisional de Palmas.