Findada a eleição histórica que fez de Eduardo Siqueira Campos (Pode) o oitavo prefeito de Palmas. No quesito governabilidade, no entanto, a vida do novo prefeito, que assume a partir do dia 1º de janeiro de 2025, não será nada fácil na Câmara dos Vereadores. Isso porque ele não possui a maioria na Casa de Leis, onde 16 dos parlamentares eleitos são da base da candidata derrotada neste domingo, 27, Janad Valcari (PL).

Eduardo teve 53,03% dos votos, mas terá uma gestão desafiadora, considerando que seu partido, o Podemos, fez apenas dois vereadores: Marycats e Débora Guedes. Outro nome que também ficou do lado de Eduardo e pode garantir alguma governabilidade é Carlos Amastha (PSB). Além desses três nomes, que são garantias de apoio na Câmara, ainda será preciso convencer os três nomes do PSDB de Cinthia Ribeiro, que apoiaram ele na campanha e o nome do PT, que esteve junto com ele na Federação Brasil da Esperança. Isso porque o apoio na campanha, em grande parte, foi pensado com o intuito de derrotar  Janad nas urnas. As articulações de apoios da Câmara só serão mais expostas, de fato, a partir da primeira sessão legislativa de 2025.

O partido tucano conseguiu eleger os dois vereadores eleitos mais votados, Márcio Reis, que teve 2.912 votos e Folha, com 2.645. Dois nomes com grande possibilidade de entrar para a disputa da presidência da Casa de Leis. Folha vai para o seu quinto mandato consecutivo como vereador, estando no legislativo municipal desde 2008 e é o presidente da Casa. Waldson da Agesp, também faz parte do PSDB e declarou apoio a Eduardo durante a campanha. 

Além desses três nomes, que podem ou não se alinhar com Eduardo, mas de qualquer forma fizeram parte da campanha, está Cinthia Ribeiro, que é presidente do partido tucano e está cada vez mais alinhada ao siqueirismo. Um último nome que pode compor a base de sustentação de Eduardo é Thamires do Coletivo Somos (PT), que faz parte da Federação Brasil da Esperança. 

O cenário político que Eduardo enfrentará não será dos mais tranquilos, ele precisará começar a estabelecer bases de apoio e conceder cargos em secretarias para garantir a governabilidade. 

Uma das manobras já previstas e comentadas nos bastidores é a possível nomeação de Carlos Amastha (PSB) para uma secretaria, o que abriria vaga na Câmara para o suplente Júnior Brasão (PSB), fortalecendo ainda mais a base de Eduardo.

Fazendo as contas, Eduardo poderá ter sete vereadores em sua base aliada e 16 declaradamente de oposição.