Embate com Eduardo é janela que Cinthia buscava para retomar protagonismo político de olho em 2026
27 outubro 2025 às 20h16

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O embate público entre Cinthia Ribeiro (PSDB) e Eduardo Siqueira Campos (Podemos), que ganhou força nesta segunda-feira, 27, não é apenas um desabafo: é cálculo político. A ex-prefeita sabe que, fora do cargo, precisa manter visibilidade e discurso de autoridade, especialmente em um cenário em que o prefeito ainda tenta mostrar resultados concretos. Ao confrontar Eduardo, Cinthia reposiciona sua imagem: de gestora que “entregou” a cidade organizada para uma voz que fiscaliza e cobra eficiência.
O tom direto (“não te elegi para choramingar”) é proposital. Apesar de afirmar que quer ajudar a gestão, Cinthia sabe que isso não é viável, já que sua própria publicação indica que era colocada como culpada. Se Eduardo a vê dessa forma, a ex-prefeita entende que a ajuda que ela propôs é inviável. Mas, ao se posicionar, Cinthia fala ao eleitor frustrado, aquele que esperava um Eduardo mais autossuficiente nas decisões e com resultados mais claros na gestão da máquina municipal. Ela tenta se apropriar do discurso da cobrança e da responsabilidade, uma forma de mostrar que ainda possui capital político e moral para disputar espaço em 2026.
O movimento também funciona como teste de temperatura: medir até onde vai a rejeição ou a simpatia do eleitorado após deixar o cargo. E, mais importante, recolocar seu nome na roda das articulações estaduais, onde o PSDB já sonda alianças para o próximo ciclo.
Em resumo: Cinthia entendeu que o silêncio é o maior inimigo de quem pretende concorrer novamente. O embate com Eduardo é o palco ideal, e ela entrou.
