Entre mãe e filho, o nome de Lula ao Senado no Tocantins deve ser um Abreu

07 agosto 2025 às 09h50

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O presidente Lula tem dito a interlocutores que, para um eventual segundo mandato, precisa de mais votos no Congresso, e o foco está no Senado. É ali que boa parte da pauta do governo tem empacado, e é de lá que o Planalto quer reforço. No Tocantins, os nomes que orbitam essa articulação têm o mesmo sobrenome: Abreu.
De um lado, Kátia Abreu, ex-senadora, fiel a Lula e Dilma, com bom trânsito na esquerda, mas também entre lideranças do agro. De outro, o filho Irajá Abreu (PSD), atual senador, já declarou que vai à reeleição, mas até pouco tempo atrás não aparecia entre os favoritos do eleitorado tocantinense.
A novidade é que Irajá ganhou força nos últimos dias após ser o único senador do Tocantins a se posicionar contra o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. A fala repercutiu bem entre aliados do Planalto. Kátia, que parece enxergar ali um ativo político, compartilhou a posição do filho com a frase: “Ninguém pode ser punido por cumprir a Constituição Federal”.
Nos bastidores, o que se comenta é que Lula quer um Abreu no seu palanque, mas só há espaço para um. Kátia teria mais trânsito e articulação; Irajá, mais visibilidade no cargo. Para que ela volte ao jogo, seria preciso convencer o filho a recuar. Missão difícil.
A equação pode incluir outro player: Eduardo Siqueira Campos. O prefeito de Palmas e Kátia estiveram reunidos recentemente. Foi ela quem atuou em Brasília para viabilizar o retorno dele ao cargo após o afastamento pelo STF. Hoje, o apoio de Eduardo a qualquer candidato ao Senado só acontece se Vicentinho Júnior (PP), seu nome de preferência, não for para a disputa. Se não for, o grupo pode entrar no jogo com os Abreu.
Há também quem aposte que um dos nomes da família Abreu pode sair para disputada na Câmara Federal em 2026, entre eles Iratã Abreu.