A segunda fase da operação Fames-19, deflagrada nesta quarta-feira, 3, pela Polícia Federal, ampliou a crise política no Tocantins. Além do afastamento do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e da primeira-dama Karynne Sotero, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), agentes federais também cumpriram mandados de busca e apreensão em gabinetes da Assembleia Legislativa.

A investigação apura o desvio de recursos destinados à compra de cestas básicas e frangos congelados durante a pandemia da Covid-19. Entre 2020 e 2021, o governo do Estado empenhou R$ 97 milhões em contratos, dos quais até R$ 73 milhões podem ter sido desviados, segundo a PF. Os valores teriam financiado empreendimentos de luxo, compra de gado e despesas pessoais.

O Jornal Opção Tocantins apurou que a presença da PF no Legislativo estadual teve como um dos alvos, o deputado Leo Barbosa (Republicanos), filho do governador e primeiro vice-presidente da Casa de Leis. Outros parlamentares também seriam alvos, entre eles o presidente da Aleto, Amélio Cayres (Republicanos), Vilmar de Oliveira (1º secretário), Jorge Frederico (Republicanos), Olyntho Neto (Republicanos) e outros. A reportagem segue em apuração e busca contato com as equipes dos citados.

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Dinheiro desviado das cestas básicas teria pago imóveis de luxo, gado e despesas pessoas de investigados, diz PF