Secretária de Saúde pode ser exonerada em até 15 dias em Palmas; vereadores são cotados para assumir pasta

04 julho 2025 às 12h13

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A secretária municipal de Saúde de Palmas, Dhiêine Caminski, pode ser exonerada do cargo nos próximos 15 dias, segundo apuração feita com fontes ligadas ao Executivo. A saída da gestora está sendo considerada em meio à reorganização administrativa conduzida pelo prefeito em exercício Carlos Eduardo Batista Velozo (Agir) e à necessidade de realinhar a pasta da Saúde com a nova direção política da capital.
Dhiêine segue no comando da secretaria, mas o período seria utilizado para transição e repasse de informações ao novo titular, de modo a garantir a continuidade dos serviços. O assunto vem sendo tratado de forma reservada, mas a mudança já é dada como provável por interlocutores da atual gestão.
A substituição ocorre em um momento em que a Prefeitura de Palmas enfrenta forte pressão orçamentária. Apenas no primeiro semestre de 2025, foram pagos mais de R$ 45 milhões em restos a pagar de exercícios anteriores. Em razão disso, o governo municipal iniciou uma revisão nos gastos públicos, reavaliou metas e intensificou o controle de contratos e despesas.
Nesse contexto, a Secretaria de Saúde, que responde por uma fatia significativa do orçamento, passou a ser alvo de atenção especial. A avaliação interna é de que a pasta precisa de um comando que reúna capacidade técnica e alinhamento político direto com o prefeito interino, que assumiu o cargo após o afastamento de Eduardo Siqueira Campos.
Vereadores cotados
Dois nomes ligados à base de apoio de Carlos Velozo surgem como favoritos para assumir a Saúde: os vereadores Léo da Saúde (PL) e Vinícius Pires (PSDB). Ambos têm relação com o setor, presença ativa nas discussões sobre políticas públicas de saúde e estão criando vínculo com o atual chefe do Executivo. A eventual nomeação de um vereador também fortaleceria a articulação política com a Câmara Municipal. Léo, inclusive, tem circulado pela Secretaria da Saúde e feito expediente na pasta.
A definição final ainda depende de articulações internas e da concordância dos parlamentares cotados, que precisariam se licenciar do mandato para assumir o comando da pasta.
Até o momento, Dhiêine Caminski segue à frente da secretaria e não se manifestou publicamente sobre a possível exoneração. A Prefeitura também não confirmou nem negou a substituição. Internamente, o clima é de expectativa para uma definição até meados de julho, dentro do prazo necessário para repasse de informações e instalação de nova liderança técnica e política à frente da Saúde.