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Vírus, batizado de HKU5-CoV-2, apresenta semelhanças genéticas com o Sars-CoV-2, responsável pela pandemia de Covid-19

A autora do livro “O Que os Psiquiatras Não Te Contam”, lançado em março pela editora Fósforo, Diniz desafia a visão reducionista que trata as doenças mentais como meros “mau funcionamentos do cérebro”. Para ela, a psiquiatria não pode se limitar à prescrição de medicamentos; é preciso olhar para o paciente como um ser complexo, influenciado por sua história, seu contexto e suas relações.
Formada pela Universidade de São Paulo (USP) e com especialização em pesquisa clínica pela Universidade de Harvard, Juliana questiona ideias amplamente difundidas, mas que, segundo ela, não resistem a uma análise mais aprofundada. Um exemplo é a crença de que a depressão seria causada por uma “falta de dopamina”. Embora esse neurotransmissor seja frequentemente associado ao desânimo, estudos mostram que a realidade é muito mais complexa.
A dopamina não está necessariamente em déficit em pacientes deprimidos, e seu aumento não é o único fator responsável pela melhora dos sintomas. “Há diferenças nos receptores de dopamina entre pessoas deprimidas e não deprimidas, mas isso não explica todos os casos”, explica a psiquiatra. Na verdade, a maioria dos pacientes não apresenta alterações significativas nesses receptores.

Para Juliana, a história de vida e o contexto social do paciente são elementos essenciais para compreender os transtornos psiquiátricos. Ela ressalta a importância da escuta atenta durante o tratamento, um processo que vai além do diagnóstico e tem um papel terapêutico insubstituível. “Essa escuta, que permite ao paciente entender melhor o contexto dos seus sintomas, é tão importante para o sucesso do tratamento quanto a medicação, se não for mais”, afirma.
Segundo ela, é por meio dessa conexão que se pode alcançar uma compreensão mais profunda do sofrimento humano. A escuta, nesse sentido, não é apenas uma ferramenta diagnóstica, mas um ato de acolhimento que ajuda o paciente a ressignificar suas experiências.
Além disso, a pesquisadora destaca como fatores sociais e ambientais podem moldar o funcionamento cerebral. Estudos em neurociências têm demonstrado que experiências como racismo, desigualdade social e privações deixam marcas profundas no cérebro, alterando sua estrutura e funcionamento.
“Se você não consegue ser uma pessoa paciente e tranquila porque viveu em um contexto muito difícil, não foi uma escolha sua ser instável. Seu cérebro não está funcionando errado; ele está funcionando do jeito que aquele contexto exigiu”, explica. Diniz defende que, para reduzir o sofrimento mental, é preciso cuidar dessas experiências traumáticas e criar condições sociais mais justas.
A psiquiatra também chama a atenção para o fato de que a medicalização excessiva pode mascarar problemas sociais e emocionais que exigem outras formas de intervenção. “A medicação é importante, mas não pode ser a única resposta. Precisamos olhar para o que está por trás dos sintomas: traumas, desigualdades, violências”, diz.
Ela cita, por exemplo, o caso de pacientes que vivem em situações de vulnerabilidade social e desenvolvem ansiedade ou depressão como resposta a um ambiente hostil. Nesses casos, o tratamento medicamentoso pode aliviar os sintomas, mas não resolve a causa raiz do problema.
Juliana Belo Diniz é uma voz fundamental em um campo que, muitas vezes, prioriza explicações biológicas simplistas. Seu trabalho convida a uma reflexão mais ampla sobre como entendemos e tratamos as doenças mentais, destacando a importância de considerar a complexidade humana em todas as suas dimensões. Sua abordagem reforça que a psiquiatria deve ser, acima de tudo, uma prática que escuta, compreende e acolhe.
Ao desafiar o paradigma dominante, Juliana não apenas amplia o debate sobre saúde mental, mas também propõe um novo olhar sobre o sofrimento humano. Seu livro e suas reflexões são um convite para repensarmos como lidamos com as doenças mentais, tanto no âmbito individual quanto no coletivo.
Afinal, como ela mesma afirma, “o cérebro não é uma ilha; ele é moldado pelas experiências que vivemos e pelo mundo que nos cerca”. E, se o contexto pode adoecer, ele também pode curar – desde que estejamos dispostos a olhar para ele com a atenção e o cuidado que ele merece.

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