Estejamos atentos: Trump fará de tudo para interferir nas eleições de 2026

25 agosto 2025 às 09h40

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Donald Trump fará absolutamente qualquer coisa para interferir no processo eleitoral previsto para 2026 no Brasil. Há tempos o presidente norte-americano perdeu qualquer pudor em usar seu cargo e a influência que dele decorre para perseguir e subjugar não apenas adversários políticos, mas também qualquer líder ou nação que se recuse a se curvar ao seu jogo.
As tarifas impostas pelos EUA tornaram-se, de forma evidente, uma espécie de arma, uma chantagem contra países que se movimentem minimamente em desacordo com os interesses norte-americanos. E o Brasil, como vêm apontando especialistas e a imprensa internacional, parece ter se tornado o alvo preferido do “laranjão”.
O próprio Trump admitiu que o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros foi motivado pelo julgamento em curso contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem não chama de “amigo”, mas apenas de “conhecido”. No entanto, é Bolsonaro e sua família que parecem ter assinado, na prática, uma procuração para representar os interesses dos Estados Unidos. Sim, a família patriota hoje age como extensão de Trump e companhia.
O cenário que se desenha é ainda mais grave: Trump passa a perseguir diretamente membros do Judiciário brasileiro, como ministros do Supremo Tribunal Federal, e integrantes do Executivo, como ministros do governo Lula, impondo sanções, cancelando vistos e aplicando a Lei Magnitsky. Assim, o presidente dos EUA deixa claro que não medirá esforços para impor sua vontade sobre o Brasil nas próximas eleições.
No ano que vem, umas das armas que devem ganhar destaque nas mãos trumpistas são as big techs. É certo que o norte-americano recorrerá às redes sociais para tentar implantar o caos em meio à escolha do novo presidente do Brasil.
Lula não está com a popularidade em alta, isso é fato. As chances de que ele tente a reeleição e fracasse são grandes (hoje, o presidente da República é desaprovado por 51% da população, segundo pesquisa Genial/Quaest). Mas se for para ser derrotado nas urnas, que seja pela vontade da população, e não de um ególatra que parece se enxergar como imperador do globo terrestre.
Fiquemos atentos, porque se em 2025 Trump acha que pode mandar no Brasil, em 2026 ele estará convencido disso.