Doutor em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), Autenir Carvalho de Rezende tem uma carreira sólida no campo da economia e do planejamento regional.

Reconhecido nacionalmente, venceu prêmios como o Brasil de Economia (2019), o BNB de Economia Regional (2012) e o Goiás de Economia (2008). Com ampla experiência em pesquisas acadêmicas e aplicadas, atuou como consultor para os setores público e privado e também em grandes empresas do setor farmoquímico. Atualmente, é professor do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), integra o Programa de Pós-Graduação em Gestão de Políticas Públicas da UFT e lidera o Núcleo Aplicado de Estudos e Pesquisas Econômico-Sociais (Naepe), instituição que idealizou e dirige, dedicada à produção de conhecimento para embasar políticas públicas e decisões econômicas no Tocantins e no Brasil.

Nesta entrevista ao Jornal Opção Tocantins, Autenir analisa os impactos do chamado “tarifaço” dos Estados Unidos contra produtos brasileiros, reflete sobre as perspectivas da economia nacional e regional, avalia a hegemonia do dólar diante do avanço dos BRICS e explica por que o Pix pode estar no centro das tensões comerciais.

Em Palmas, vimos a mudança na cesta básica, que voltou a subir após três meses de queda. Já no Tocantins, o tarifaço impactou o setor da venda de bovinos. Como o sr. avalia esse cenário?

É interessante. Inclusive, eu havia comentado que o único impacto direto do tarifaço no Tocantins seria em Araguaína. O fato é que apenas cerca de 3% do que exportamos vai para os Estados Unidos, basicamente carne. Outros itens chegam a valores insignificantes, às vezes até importações pontuais de pequenas lojas. Ou seja, não é uma transação contínua. O impacto maior que vimos até agora não foi pela tarifa em si, mas pelo esforço das empresas em embarcar tudo antes do início da taxação.

Esse aumento não teve relação direta com o tarifaço. Foi mais um reflexo do clima, da safra e da logística. Os itens que puxaram o índice foram banana, tomate e carne. No caso do tomate, ele é muito perecível e oscila rapidamente: cai num mês, sobe no outro. Em junho, por exemplo, caiu mais de 9%, mas em julho subiu cerca de 8%. Como o tomate tem um peso grande na composição da cesta – especialmente na região Norte, onde a metodologia nacional exige 12 quilos por mês, contra 9 nas demais regiões – qualquer oscilação impacta bastante. Aqui, ele só perde para a carne em importância.

Então foi um pico momentâneo?

Exatamente. A sequência de três quedas seguidas foi interrompida por esse fator específico. Inclusive, olhando o conjunto da cesta, a maioria dos itens ainda estava em queda, e a maioria dos supermercados também apresentava preços menores no geral. Mas basta um item relevante como o tomate disparar para inverter a curva. É difícil manter longas sequências de redução, porque sempre há choques de oferta ou incidentes que interrompem, como logística, situações climáticas e etc.

A tendência é de continuidade em agosto e setembro?

O cenário é incerto. Estamos entrando no auge da estiagem, ao mesmo tempo em que começa a vigorar o tarifaço e há reajuste da energia elétrica com bandeira vermelha. Por outro lado, tivemos redução dos combustíveis em julho, que pode beneficiar o transporte de cargas. Então há forças que se equilibram. Minha avaliação é de cautela: não dá para apostar em queda ou alta sustentada no momento.

E quanto a outros produtos, como carne, feijão e café?

A carne segue com grande peso na cesta, mas o café merece destaque. Ele vinha alternando quedas e altas, mas recentemente voltou a subir. Isso tem relação com a safra, mas também com especulação. Muitos investidores compram café para estocar, apostando na alta futura, e isso reduz a oferta no mercado. O consumo do café é muito forte, o que sustenta a demanda. Além disso, a China, que antes não tinha tradição de consumir o café, está entrando nesse mercado, o que pode pressionar ainda mais os preços.

Curiosamente, nas redes sociais vimos gente comentando sobre promoções de café mesmo após o tarifaço. Isso não é contraditório?

A pesquisa de preços ainda não reflete o tarifaço, porque até julho muitas exportações foram antecipadas. Então havia estoque no mercado interno. A partir de agora, a situação pode mudar. Sobre o café, o governo Trump até recuou em alguns pontos, mas manteve a taxação no produto. Isso gera pressão, porque a cadeia do café é muito relevante para os Estados Unidos. O consumo deles é cultural, faz parte do cotidiano, e o Brasil é o principal fornecedor.

Atualmente, conforme pesquisas do Naepe, a cesta básica em Palmas compromete cerca de 50% do salário mínimo. O que isso revela sobre a desigualdade no Tocantins? Até porque, além da alimentação cara, há também uma especulação imobiliária alta. Como avalia essa situação?

Existe uma contradição muito forte e cruel nesse cenário. Quem mais sofre com o peso da cesta básica é justamente o trabalhador de baixa renda. Claro que todos consomem arroz, carne ou feijão, mas para quem recebe menos, a maior parte da renda vai para a alimentação. Em Palmas, aproximadamente 50% do salário mínimo é gasto com comida.

O restante da renda precisa ser destinado à moradia, saúde, educação, transporte e lazer, que também é um direito. Mas a moradia aqui é muito cara. Isso expulsa o trabalhador para as periferias distantes, onde enfrenta outros problemas: distância dos serviços públicos, preços mais altos nos mercados locais – geralmente mais caros que os atacados ou supermercados maiores – e ainda o custo do deslocamento diário para o trabalho.

Apesar disso,  esse comprometimento de 50% é um alívio diante do histórico recente. Esse número hoje já é até uma “boa notícia”, porque chegou a 56%, 57% há cerca de três anos. O salário mínimo, nesse período, teve reajustes acima da inflação, o que ajudou a recompor parte das perdas. Ainda está longe do ideal, mas houve algum ganho de poder de compra.

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E quanto à tributação sobre alimentos?

Na minha percepção, tributar alimentos básicos é extremamente negativo. A população precisa se alimentar para ter saúde, e onerar produtos essenciais só gera mais gastos sociais, aumenta a fome e a miséria. Impostos deveriam incidir sobre itens de luxo, não sobre a alimentação básica.

Já vimos pesquisas que apontam que, para viver em Palmas, o salário mínimo deveria ser em torno de R$ 6 mil. Essa pesquisa também é do Naepe?

Sim, é nossa. Esses dados são baseados nas pesquisas da cesta básica. Estimamos o salário mínimo necessário a partir do custo da cesta, que é uma prerrogativa legal. Desde que começamos a pesquisa aqui, esse número sempre chamou atenção, porque mostra que o salário necessário gira em torno de quatro a quatro vezes e meia o salário mínimo vigente.

Mas é importante explicar: não se trata apenas da cesta básica individual. É o custo familiar mensal para quatro pessoas, incluindo moradia, saúde, educação, transporte e lazer, como previsto na Constituição. Tradicionalmente, essa configuração considerava um casal e dois filhos, mas hoje pode ser mãe solo, dupla renda ou arranjos diferentes. Por isso, defendo que o conceito evolua para uma “renda familiar mínima”, mais adequada à realidade atual.

E qual seria esse valor hoje?

Segundo nosso cálculo de julho, o salário mínimo necessário para uma família é de R$ 6.059. Mesmo assim, sabemos que muitas famílias ainda têm dificuldades para viver com esse valor, diante de custos crescentes e instabilidade climática que afeta a produção de alimentos. Tivemos seca, excesso de chuvas, geadas, ciclones – como no Rio Grande do Sul – e todos esses fenômenos impactam a agricultura. O produtor depende do clima, que é seu principal parceiro, mas também seu maior risco.

O sr. falou antes que a carga tributária sobre alimentos é injusta. Qual seria a solução?

Felizmente, esse tema começou a ser discutido nos últimos dois anos. O governo federal abriu um debate sobre a atualização da cesta básica, tanto para rever os itens quanto para avaliar a tributação. A ideia é clara: produtos essenciais como arroz, feijão, carne, leite, farinha e ovo não deveriam ser tributados. Curiosamente, o ovo nem faz parte da cesta básica oficial no Brasil, e no Norte também não entra a batata inglesa. Acredito que precisamos de uma nova cesta básica, revisada e desonerada, para reduzir o custo de vida.

O Naepe acompanha sempre a inflação da cesta básica. Como essa pesquisa pode ajudar na formulação de políticas públicas?

A alimentação é uma das nossas maiores preocupações. Acompanhamos renda, emprego, comércio internacional, mas a alimentação tem impacto direto na vida das pessoas. Muitas vezes nos sentimos na obrigação de divulgar esses dados porque faltam outras pesquisas locais.

Agora falaremos sobre o tarifaço. O sr. chegou a dizer que o impacto do tarifaço no Tocantins seria mínimo. Mantém essa avaliação?

Sim. O volume exportado do estado para os Estados Unidos em 2024 foi de cerca de US$ 67 milhões, o que representa apenas 3% das exportações. O impacto foi maior em Araguaína, que concentra a carne bovina, mas a cadeia já se reorganiza. O Brasil encontra rapidamente novos mercados, como União Europeia e Mercosul. Inclusive, na Argentina já há queixas de que a carne brasileira está ocupando espaço no consumo local. Portanto, o efeito existe, pode inibir investimentos e gerar desemprego regionalmente, mas não compromete de forma estrutural a economia do Tocantins.

Mas acredito que isso seja no curto prazo. A médio e longo prazo as coisas se organizam. É como eu disse antes: para ilustrar, o caso do café.

Imediatamente, quando houve problemas, a China sinalizou interesse no café brasileiro. Logo depois, os consumidores nos Estados Unidos se manifestaram porque não queriam perder esse produto. Eu até fiz uma metáfora outro dia: “Os Estados Unidos estão fazendo charme”. Só que, numa relação, quando alguém faz charme demais, o outro acaba procurando outro parceiro.

E aí quem “faz charme” pode perder intencionalmente — porque não tem mais interesse — ou acabar perdendo de fato. É exatamente o que eu vejo: os Estados Unidos sinalizaram, criaram barreiras, mas economicamente não se justifica. Eles têm um superávit de 410 bilhões de dólares com o Brasil nos últimos 15 anos. Então, por que criar empecilho com um parceiro de mais de 200 anos?

E o que o sr. acha, enquanto economista, desses percalços políticos que temos enfrentado? Considerando, por exemplo, a questão da anistia, o julgamento do Bolsonaro e seus desdobramentos. Claro, o sr. não é cientista político, mas dá para fazer uma análise econômica desse cenário?

Entendo que são interesses pessoais colocados acima dos interesses nacionais. Uma família, um grupo político, age para se beneficiar, mesmo que isso gere prejuízos para o país. São mais de 200 milhões de pessoas que dependem de estabilidade econômica e política.

E a estabilidade é central para o desenvolvimento. Ela impacta algo que chamo de “economia das expectativas”: uma ação política, mesmo que temporária, pode repercutir por anos. Desde 2013, vivemos instabilidade política e econômica, e isso afeta os investimentos. De 2015 a 2018, o investimento produtivo caiu muito, e só voltou a crescer há dois anos. Agora, essa nova tentativa de instabilidade pode frear novamente o avanço.

Quem ganha com isso? Alguns grupos políticos e econômicos. Mas 99% da população não. O empresário não consegue planejar, o investidor fica desconfiado, o investimento cai. E isso tem efeitos de longo prazo: uma decisão política gera ondas, como uma pedra no lago.
Por isso, é fundamental que as instituições sejam fortes para reduzir os impactos e trazer confiança, senão a economia vive em choque permanente.

E quanto ao efeito direto no mercado interno? Se os EUA não comprarem nossa carne, isso pode baratear o produto aqui dentro?

Exatamente. Por isso eu amenizo os efeitos. Não porque queira fazer vista grossa, mas porque o capitalismo sempre encontra saídas. Se o gado está no pasto e os frigoríficos estão erguidos, essa produção terá um destino: se não for para os EUA, será para outro mercado ou para o próprio consumidor brasileiro.

 É claro que pode haver perdas, até desemprego temporário, mas também oportunidades. É nesses momentos de crise que muitos enxergam novas formas de atuação. O mercado se reorganiza: para o pequeno produtor, haverá destino para a carne, sim.

Vale lembrar: o Brasil reduziu drasticamente a oferta de carne há três anos, e os preços dispararam em 2022. Agora, com a oferta em crescimento, os preços tendem a se realinhar. O produtor perde um pouco, mas o consumidor pode sair beneficiado. E no fim, todos somos consumidores.

O sr. falou em “formação bruta de capital fixo”. O que significa?

É o investimento produtivo: máquinas, equipamentos. É o que aumenta a capacidade de produção e gera emprego e renda. Diferente da especulação financeira, que é aposta em ganhos de curto prazo, o investimento produtivo fortalece de fato a economia.

Se o equipamento entra na linha de produção e não é consumido em um ano, ou seja, ele permanece no ciclo produtivo, ele é considerado capital fixo. Esse capital fixo é, de fato, o que gera riqueza. Estamos falando de grandes máquinas, equipamentos pesados, tecnologia que permanece e continua produzindo, aumentando a produção.

Quando alguém investe em máquina e equipamento, está dizendo: “Eu tenho boas expectativas. Acredito no futuro, tanto é que estou investindo em capital fixo porque penso que vou continuar crescendo.” Isso resolve um problema de oferta no presente, mas também garante competitividade no futuro. Ele amplia mercado, aumenta lucro. Agora, se a expectativa é baixa, não há investimento em capital fixo. Essa é a questão.

Então, tem que ser otimista para atuar nessa área…

Exatamente. Essa foi, inclusive, pauta de um evento recente. O palestrante destacou a influência do noticiário econômico. Existe uma convenção implícita: economistas e consultores tentam prever cenários, mas muitas vezes essas previsões não são apenas técnicas, são também políticas.

Inclusive, a pergunta foi: “Por que os economistas estão errando tanto?” Não é incompetência. Muitas vezes, o objetivo não é prever, mas interferir no futuro, guiados por interesses. Os bancos, hoje, são os maiores patrocinadores da imprensa, seja como donos ou como grandes anunciantes. Itaú, Bradesco e outros estão sempre entre os três maiores anunciantes. Isso influencia o noticiário.

Nos últimos três anos, quase todas as previsões foram de caos. E elas falharam. Há excelentes economistas no Brasil, respeitados na América Latina, mas quem aparece na mídia são, em geral, consultores com muito menos base acadêmica que professores doutores. É uma assimetria de informação: a população não acessa os bastidores, e muitas vezes a informação que chega já vem carregada de interesses.

Além disso, grandes famílias ligadas ao sistema financeiro têm peso relevante. Eles controlam bancos, mídia e até setores estratégicos como mineração. Então, os interesses são muito amplos.

Mas é importante dizer: minha fala não é no sentido de “derrubar tudo”. Precisamos de bancos, de construtoras, de políticos. A crítica é para entender o funcionamento, os encadeamentos e buscar melhorias.

Um exemplo que sempre uso: o sistema bancário brasileiro se modernizou muito a partir dos anos 2000. Hoje é considerado um dos mais modernos do mundo. O Pix é fruto desse processo. Esse avanço tem relação direta com questões tarifárias e até com a perda de hegemonia dos Estados Unidos. Nos últimos 30 anos, especialmente após a Guerra Fria, o poder econômico americano foi sendo relativizado, e novos blocos, como os BRICS, emergiram. Esse processo me parece irreversível.

Fala-se em criar moeda própria para transacionar entre o grupo. Isso afeta diretamente a hegemonia do dólar, que é o que sustenta os Estados Unidos hoje?

Costumamos olhar para o poder militar, mas a verdadeira força dos EUA também está no dólar, o chamado “padrão dólar”. Se os BRICS avançarem com uma moeda própria, independente do dólar, isso significa uma perda enorme de poder para os Estados Unidos.

Outro ponto que justifica esse tensionamento é que o Brasil desenvolveu soluções financeiras modernas. Um exemplo é o Pix, que hoje é referência mundial. Nosso sistema eleitoral, com a urna eletrônica, também é muito mais eficiente do que o deles. Mas falando especificamente do Pix: ele já revolucionou os pagamentos digitais e agora evolui para o Pix parcelado.

Pensa nisso: até agora, para parcelar, só havia duas opções — cartão de crédito ou crediário/boleto. Mas o cartão de crédito nos conecta diretamente a empresas dos Estados Unidos, como Visa e Mastercard. Isso gera tarifas altíssimas, que movimentam bilhões todos os anos. O Pix parcelado ameaça esse mercado, porque tira dos cartões uma fatia enorme das transações.

E isso preocupa: a cada 3% ou 4% de taxa de cartão sobre um PIB como o brasileiro, estamos falando de cifras gigantescas transferidas para fora. Se o Pix ganhar força no parcelamento, compromete o sucesso dos cartões. Inclusive já se discute: “Será que o Pix vai gerar milhas?”. Porque muitos consumidores só usam o cartão por causa disso.

Ou seja, a evolução do sistema financeiro brasileiro com o Pix atinge diretamente o padrão dólar e, por consequência, a hegemonia dos EUA. Por isso o tema do “tarifar” vai muito além da balança comercial. Os americanos não escondem que não querem tratar via OMC, alegando que se trata de uma questão política. Na prática, o que está em jogo é política e, sobretudo, o Pix.

Além disso, o Pix começa a se expandir fora do Brasil, já sendo aceito em países como Portugal. É um produto genuinamente brasileiro, fruto do Banco Central, e isso dá projeção internacional ao Brasil. O curioso é que o sistema foi implementado durante o governo Bolsonaro. No início, houve a tentativa de ele se apropriar da criação. Depois, quando não colou, passou a combatê-lo.

No fundo, de todo esse debate, sobram duas questões reais: a política e o Pix. Esse é o ponto central que preocupa os EUA.

E ainda há outro paralelo: a Petrobras, que desenvolveu tecnologia de ponta para extração em águas profundas, também virou alvo de espionagem. O Brasil, quando inova em setores estratégicos — seja no petróleo ou no sistema financeiro — ganha relevância mundial, e isso incomoda potências.

Por isso, alegar desequilíbrio na balança comercial ou pirataria é um argumento frágil. O que realmente incomoda é o avanço do nosso sistema financeiro e a tentativa de regulação das Big Techs. Grande parte da hegemonia econômica dos EUA hoje se sustenta em duas frentes: Big Techs e empresas de pagamento. Se o Brasil ameaça esses pilares, é natural que surjam tensões.

E que recado o sr. deixa para as famílias que enfrentam esse cenário de alta de preços e incertezas?

O principal é se informar. Mais do que pesquisar preço, é importante entender o que está acontecendo. Saber como o dólar, tarifas e políticas impactam a vida prática. Estar atualizado, acompanhar notícias, perceber tendências: se um produto vai encarecer, talvez seja hora de antecipar a compra; se outro está caindo, pode ser hora de substituir. E, claro, controlar gastos pessoais. Essa consciência ajuda muito.