Após morte de professor em Recursolândia, Sintet cobra agilidade da Seduc em casos de remoções em escolas

04 setembro 2025 às 12h52

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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) cobra maior agilidade e sensibilidade da Secretaria da Educação (Seduc) na análise de pedidos de remoção, especialmente quando há comprovação de comprometimento da saúde. A reivindicação ocorre após o falecimento do professor Carlos Eduardo Meira Batista (Kadu), de 29 anos, no último domingo, 31, em Recursolândia.
O educador aguardava a publicação de um pedido de remoção aprovado pela Seduc, que só foi oficializado no Diário Oficial nesta segunda-feira, 1º, um dia após seu falecimento.
Embora não tenha recebido solicitação direta de Kadu, o Sintet esclarece que atua em todos os casos de remoção, denúncias de assédio e situações que envolvem a saúde dos trabalhadores, cobrando soluções da Seduc. A entidade lembra que, em situações semelhantes, já garantiu a remoção de professores cujos pedidos haviam sido inicialmente negados.
“Casos como este não podem se repetir. Sempre que recebemos uma denúncia, buscamos o diálogo ou, quando necessário, recorremos à via judicial. Reforçamos: denunciem! Não deixaremos nenhum trabalhador sem resposta”, afirmou o diretor do Sintet, Nilton Pinheiro.
O sindicato reforça que a atuação contínua visa prevenir que situações trágicas como a do professor Kadu voltem a ocorrer.
Entenda
O professor de história conhecido como Kadu, morreu no último domingo, 31, em Recursolândia, vítima de infarto. Ele atuava na rede estadual de ensino do Tocantins desde 2024, na Escola Estadual Recurso I, após ingressar no quadro efetivo da Seduc.
De acordo com relatos, Kadu havia feito ao menos três pedidos de remoção, acompanhados de laudos médicos que indicavam problemas de saúde e necessidade de tratamento em outra localidade. A Seduc informou que o primeiro pedido foi negado por ele estar em estágio probatório, enquanto o segundo foi aprovado e seria publicado nesta segunda-feira, 1º, um dia após seu falecimento.
O docente passou a usar três medicamentos de tarja preta e chegou a denunciar assédio no ambiente escolar, segundo relatos de professores e moradores da localidade. Relatos afirmaram ainda que ele sofria hostilidade de estudantes, incluindo episódios como o de alunos jogando pedras dentro de bolinhas de papel em sua direção enquanto escrevia no quadro.
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