Assembleia Legislativa analisa projetos de lei para combater desaparecimento de pessoas no Tocantins

13 agosto 2025 às 15h33

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Dois projetos de lei voltados ao acompanhamento de pessoas vulneráveis desaparecidas no Tocantins foram protocolados pelo deputado estadual Eduardo Mantoan (PSDB) na Assembleia Legislativa do Estado (Aleto).
O primeiro projeto propõe a criação do Cadastro Estadual de Crianças, Adolescentes, Pessoas com Deficiência e Idosos Desaparecidos. A iniciativa prevê a coleta de informações detalhadas, como características físicas, dados pessoais e circunstâncias do desaparecimento, organizadas em uma base de dados sob responsabilidade do Governo do Estado. Além disso, o PL inclui o uso de tecnologias, como inteligência artificial para simulação do envelhecimento facial, e estabelece a possibilidade de firmar convênios com órgãos públicos, ONGs e empresas privadas para reforçar a rede de apoio à localização dos desaparecidos.
O segundo projeto altera a Lei nº 3.469, de 7 de maio de 2019, ampliando a obrigatoriedade de veiculação de fotografias de pessoas desaparecidas nas contas mensais enviadas aos consumidores. A proposta inclui pessoas com deficiência, sem limite de idade, e estende a aplicação da lei para empresas de internet e operadoras de TV por assinatura, somando-se às concessionárias de água, energia e telefonia já previstas na legislação.
Sobre as iniciativas, Mantoan afirma que “essas propostas fortalecem a rede de proteção às famílias que vivem o drama de um desaparecimento. É nosso dever, como poder público, utilizar todos os recursos possíveis para enfrentar essa realidade com sensibilidade e eficiência”.
Se aprovadas, as empresas terão até 180 dias após a publicação das leis para se adequarem às novas exigências.
Ação de coleta de DNA
Recentemente o Tocantins aderiu à Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, edição de 2025, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com as Secretarias de Segurança Pública dos 26 estados e do Distrito Federal. O objetivo da ação é coletar material genético de familiares de pessoas desaparecidas para confrontação com informações já registradas nos bancos estaduais e no Banco Nacional de Perfis Genéticos.
De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO), o estado registrou 288 pessoas desaparecidas apenas no primeiro semestre de 2025. A campanha segue até esta sexta-feira, 15, com pontos de coleta em 12 cidades do Tocantins.