O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completou uma semana detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde cumpre pena definitiva de 27 anos e 3 meses pela condenação por tentativa de golpe de Estado. Ele segue em isolamento determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A cela de 12 m² é equipada com cama, mesa, frigobar, ar-condicionado e TV. Desde o início da custódia, a PF reforçou o protocolo interno, restringindo o acesso ao local. Apenas familiares, advogados e médicos podem visitá-lo.

Bolsonaro tem mantido rotina com leituras e palavras cruzadas e a família leva todas as refeições, após o ex-presidente decidir não consumir a alimentação fornecida pela PF. Crises de soluço registradas ao longo da semana exigiram atendimento médico no local, sem necessidade de transferência.

Michelle Bolsonaro visitou o marido duas vezes, enquanto os filhos Carlos, Flávio e Jair Renan revezaram outras idas à PF. Segundo aliados, o ex-presidente alterna períodos de silêncio com momentos de maior disposição e chegou a chorar ao ser informado de que passaria a cumprir pena definitiva.

No cenário político, o PL, incluindo lideranças no Tocantins, tenta manter a mobilização em torno da pauta da anistia, mas parlamentares admitem que o tema perdeu força no Congresso.