Campos Lindos ultrapassa 100% de cobertura vacinal no enfrentamento ao sarampo, com reconhecimento do Ministério da Saúde
23 dezembro 2025 às 16h00

COMPARTILHAR
O Ministério da Saúde (MS) reconheceu oficialmente as ações desenvolvidas pela Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) no enfrentamento ao surto de sarampo ocorrido em 2025, no município de Campos Lindos. O posicionamento consta em declaração formal do órgão federal, que aborda a condução das medidas adotadas pelo Estado e a articulação entre as diferentes esferas de governo.
O reconhecimento foi emitido após o encerramento oficial do surto, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que consideram o fim da circulação do vírus após 12 semanas sem a confirmação de novos casos. No período, foram confirmados 25 casos de sarampo em Campos Lindos, todos classificados como relacionados à importação, sem registro de transmissão sustentada no território tocantinense.
A declaração é assinada pelo diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti Fernandes, e pela coordenadora-geral de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde, Greice Madeleine Ikeda do Carmo. No documento, os representantes afirmam que “a resposta rápida adotada pelo Estado, por meio do secretário estadual, gestores e equipe técnica, foi determinante para a oportuna detecção, investigação, contenção da transmissão e prevenção de novos casos, fortalecendo as ações de vigilância epidemiológica e contribuindo de forma decisiva para a proteção da saúde da população, demonstrando elevado compromisso com a saúde pública”.
O secretário de Estado da Saúde, Carlos Felinto, comentou sobre a atuação conjunta das instituições envolvidas no controle do surto. “A resposta ao surto de sarampo em Campos Lindos demonstra a importância de agir com rapidez, responsabilidade técnica e integração entre as equipes. Desde a confirmação do primeiro caso, a SES-TO adotou medidas imediatas que foram decisivas para a investigação, a contenção da transmissão e a prevenção de novos casos. Esse resultado é fruto do trabalho conjunto entre Estado, município e Ministério da Saúde, sempre com foco na proteção da população e no fortalecimento do Sistema Único de Saúde”, afirmou.
A diretora de Vigilância das Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis da SES-TO, Gisele Luz, também se manifestou sobre o reconhecimento do Ministério da Saúde. “Esse reconhecimento reafirma o compromisso do Estado com a proteção da saúde da população e evidencia a importância de uma atuação técnica, ágil e articulada diante de eventos de relevância em saúde pública. A resposta rápida ao surto de sarampo foi resultado do trabalho integrado entre gestores, equipes técnicas estaduais e municipais, profissionais de saúde e parceiros institucionais, demonstrando a força do Sistema Único de Saúde em ação”, ressaltou.
O surto
O surto de sarampo teve início em julho de 2025, após a confirmação do primeiro caso em uma criança de quatro anos, que havia tido contato com pessoas infectadas durante uma viagem à Bolívia. A partir da identificação inicial, foram adotadas medidas voltadas à investigação dos casos, à contenção da transmissão do vírus e à prevenção de novos registros da doença no Estado.
Em articulação com a Secretaria Municipal de Saúde de Campos Lindos, a SES-TO realizou ações como varredura domiciliar, busca ativa institucional, vacinação de bloqueio e intensificação da imunização de rotina, com foco no fortalecimento da vigilância epidemiológica e na redução do risco de disseminação do vírus.
Durante as atividades de campo, 280 residências foram visitadas, com 410 pessoas encontradas e 258 vacinadas. Na busca ativa institucional, foram revisados 784.791 prontuários, resultando na identificação de 12 casos suspeitos, todos notificados e encerrados dentro dos prazos estabelecidos. Também foram aplicadas 1.722 doses de vacina em ações seletivas e indiscriminadas na comunidade. Ao final das ações, o município atingiu cobertura vacinal de 120% para a primeira dose da vacina tríplice viral e de 100,80% para a segunda dose.
