Casos de síndrome respiratória grave causados por influenza A diminuem no Tocantins, aponta Fiocruz

07 julho 2025 às 13h45

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O Tocantins está entre as unidades da Federação que apresentam sinal de queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à influenza A, segundo o novo boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira, 3, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O levantamento indica que, na maior parte do país, os casos permanecem em alta, mas há indícios de estabilização ou redução nas regiões Centro-Sul, Norte e em parte do Nordeste, tanto para influenza A quanto para o vírus sincicial respiratório (VSR).
Na análise das últimas quatro semanas epidemiológicas, os dados apontam 33,4% de casos positivos para influenza A, 1,1% para influenza B, 47,7% para o vírus sincicial respiratório, 20,6% para rinovírus e 1,8% para Sars-CoV-2 (covid-19). Em relação aos óbitos por SRAG, os percentuais foram: 74,1% de influenza A, 1,3% de influenza B, 14,1% de VSR, 10,2% de rinovírus e 3,1% de covid-19.
Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, alguns estados seguem com tendência de crescimento nas hospitalizações por SRAG, com destaque para Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima. Ela destaca que os principais agentes relacionados ao aumento de casos continuam sendo os vírus influenza A e sincicial respiratório.
“Por isso, a gente reforça a importância da vacinação contra a influenza. O SUS [Serviço Único de Saúde] disponibiliza a vacina de graça para os grupos prioritários, então é fundamental que todos estejam vacinados. Mesmo que você já tenha tido gripe este ano, é importante se vacinar, já que a vacina protege contra os três principais tipos de vírus da influenza que infectam humanos”, recomenda a especialista.
Ainda de acordo com Portella, a influenza A permanece como a principal causa de hospitalizações e óbitos por SRAG entre idosos. Já nas crianças pequenas, a maior incidência da síndrome está associada ao vírus sincicial respiratório, seguido do rinovírus e da influenza A.
Indícios de queda
A pesquisadora também observa que há indícios de queda ou interrupção do crescimento dos casos de SRAG por influenza A nas populações de jovens, adultos e idosos em partes significativas das regiões Centro-Sul e Norte, além de alguns estados do Nordeste. Entretanto, os casos continuam aumentando em determinados estados dessas regiões, como no Nordeste e em Roraima.
Atualmente, seis das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento a longo prazo: Alagoas, Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima. Já entre os estados que registram sinal de queda nos casos associados à influenza A entre jovens, adultos e idosos estão o Tocantins, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Bahia, Ceará, Maranhão e Paraíba. Por outro lado, os casos seguem em crescimento em Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Roraima.