Cesta básica mantém queda em Palmas e chega ao menor valor do ano, aponta Naepe

14 outubro 2025 às 07h30

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O custo da cesta básica em Palmas voltou a cair em setembro, segundo levantamento do Núcleo Aplicado de Estudos e Pesquisas Econômico-Sociais (Naepe), divulgado nesta segunda-feira, 13. A deflação foi de 1,01% em relação a agosto, com o preço médio passando de R$ 674,64 para R$ 667,85, o menor patamar desde o início do ano.
Os produtos que mais puxaram a queda foram carne bovina (-2,0%), pão francês (-1,8%) e banana (-2,3%). Também registraram redução o café (-2,4%), arroz (-1,9%), açúcar (-1,5%) e margarina (-1,1%). Já o óleo de soja (+5,9%) e o leite (+4,3%) tiveram alta e impediram uma deflação ainda maior.
Entre os destaques do mês, o arroz tipo 1 mantém uma trajetória de queda contínua desde janeiro. Conforme a série histórica do Naepe, o produto acumula redução de 33,38% em 2025, reflexo de maior oferta e estabilidade nos estoques.
Trabalho e poder de compra
Com o novo valor da cesta, o trabalhador que recebeu um salário mínimo em setembro precisou de 96 horas e 48 minutos de trabalho para adquiri-la, cerca de uma hora a menos que em agosto. O Salário Mínimo Necessário, estimado para sustentar uma família de quatro pessoas, foi calculado em R$ 5.610,61.
Indicadores locais mais atualizados
O Naepe enfatiza que seus levantamentos, realizados mensalmente com coleta direta de preços em supermercados, atacadistas e mercados de bairro, refletem de forma mais fiel o comportamento do mercado palmense.
“Nosso objetivo é garantir que consumidores, imprensa e gestores públicos tenham acesso a dados sempre atualizados e de base local. Uma defasagem de um mês pode distorcer a percepção do custo de vida, especialmente quando há variações rápidas de preços”, explica Autenir Carvalho, diretor-geral do Núcleo.
De acordo com ele, as diferenças metodológicas entre a pesquisa do NAEPE e a do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) justificam os contrastes entre os resultados, já que o levantamento tocantinense é ajustado à dinâmica urbana e comercial da capital.
O estudo é realizado com apoio do Ministério Público do Tocantins (MPTO), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (FAPT) e do Conselho Regional de Economia (Corecon-TO). Os dados completos podem ser consultados no site naepepesquisas.com e no perfil @naepe.pesquisas, onde são divulgados resumos técnicos e análises mensais.