Confira as cidades do Tocantins onde serão feitas coletas de DNA de familiares de pessoas desaparecidas

05 agosto 2025 às 13h50

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O Tocantins está entre os estados que aderiram à edição de 2025 da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. A iniciativa é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em conjunto com as Secretarias de Segurança Pública dos 26 estados e do Distrito Federal. O objetivo é reunir material genético de parentes de pessoas desaparecidas para comparação com os dados já armazenados nos bancos estaduais e no Banco Nacional de Perfis Genéticos. Segundo dados do portal da Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO), o estado registra um total de 288 pessoas desaparecidas somente no primeiro semestre de 2025.
No estado, a ação será realizada entre os dias 5 e 15 de agosto, com pontos de coleta em 12 cidades . O MJSP também organizou uma força-tarefa nacional com o objetivo de acelerar a análise dos perfis genéticos que ainda aguardam processamento. A coordenação da campanha está a cargo da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), com apoio de laboratórios estaduais de genética forense, delegacias especializadas e autoridades centrais locais.
No Tocantins, a coordenação da campanha é feita pelo delegado Luciano Cruz, autoridade central do estado. A campanha foi apresentada durante coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira, 5, na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP/TO), em Palmas. “Esta fase da campanha consiste na coleta do material genético dos familiares de pessoas desaparecidas. Além disso, nas delegacias onde há casos de desaparecimento ainda não solucionados, será verificado se já houve coleta do DNA dos familiares envolvidos. Infelizmente, o desaparecimento é um fenômeno que ocorre continuamente, e sempre há casos de pessoas desaparecidas por períodos prolongados. Por isso, a campanha é essencial para coletar o material genético das famílias e possibilitar a comparação dos perfis nos bancos estadual e nacional”, destaca.
Esta é a terceira edição da campanha nacional. Em 2024, foram coletadas 1.645 amostras e identificadas 35 pessoas em todo o território nacional.
A coordenadora-geral de Modernização Tecnológica da Diretoria do Sistema Único de Segurança Pública (DSUSP), Beatriz Marques Figueiredo, representou o MJSP na coletiva em Palmas. Ela reforçou a relevância da iniciativa: “Sabemos que o desaparecimento de uma pessoa é, talvez, o momento mais dramático para uma família, que fica sem respostas e sem saber o paradeiro do ente querido. E esse material que será coletado é uma ferramenta essencial para trazer certezas às famílias. Essa campanha visa conscientizar a população, especialmente os familiares de pessoas desaparecidas, sobre a importância da doação de material genético. A doação é feita apenas uma vez, mas fortalece toda a rede de bancos, permitindo o cruzamento nacional dos dados para ajudar a localizar essas pessoas”, explica.
Segundo o chefe do Laboratório de Genética Forense, Marciley Alves Bastos, o procedimento de coleta é simples. “A coleta é simples e indolor, realizada com uma esponja que é inserida na parte interna da bochecha. Não é necessário nenhum preparo prévio, como jejum. O material coletado será usado exclusivamente na busca por pessoas desaparecidas, não sendo utilizado para nenhum tipo de confronto policial”, informa.
Utilização do material genético
As informações genéticas serão utilizadas nas investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Polícia Interestadual, Capturas e Desaparecidos (Polinter). O delegado Douglas Carreiro observa que o cruzamento de dados pode facilitar a identificação, especialmente em casos de pessoas idosas ou com deficiência intelectual que não conseguem informar dados pessoais ao serem encontradas. “Em muitas investigações, chegamos a um limite em que não conseguimos identificar a pessoa desaparecida. É nesse ponto que essa campanha se torna fundamental, pois permite que as famílias forneçam material genético para ser incluído nos bancos de perfis genéticos estaduais, federais e até internacionais. Isso amplia as possibilidades de cruzamento de dados e contribui significativamente para a identificação dessas pessoas,” destaca.
Para participar da campanha, é necessário que o familiar possua um boletim de ocorrência de desaparecimento registrado em qualquer estado e apresente documentos pessoais. A prioridade é para parentes de linha direta, como pais e filhos. Na ausência desses, irmãos também podem participar, bem como objetos de uso pessoal do desaparecido, como escovas de dente ou pentes.
O secretário de Segurança Pública, Bruno Azevedo, afirmou que a medida faz parte das ações da Polícia Civil para ampliar as ferramentas disponíveis na localização de pessoas desaparecidas. “Essa campanha nacional de coleta de dados de DNA de familiares de desaparecidos é uma medida extremamente importante, coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, que visa oferecer mais instrumentos para localizar pessoas desaparecidas em todo o país. No Tocantins, a coleta será feita entre os dias 5 e 15 de agosto, no Laboratório Genético Florence e nos Institutos Médicos Legais. Orientamos a população a apoiar essa iniciativa, para que o banco se torne mais robusto e facilite o trabalho investigativo dessas ocorrências que afetam tantas famílias”, afirma.
O diretor de Perícia Criminal, Wanderson Santana Rocha, acrescentou que o Tocantins conta com laboratório próprio para análises de DNA. Segundo ele, o estado está integrado ao banco nacional de perfis genéticos, o que viabiliza o cruzamento de dados com outras unidades da federação e pode contribuir na localização de pessoas desaparecidas em diferentes regiões do país.
Confira as cidades onde há coleta no Tocantins:
Araguatins: 1º Núcleo Regional de Medicina
Endereço: Rua Quintino Bocaiúva, nº 206, Centro
Contatos: (63) 3474-2700 / (63) 98466-1440 / [email protected]
Araguaína: 2º Núcleo Regional de Medicina Legal
Endereço: Rua Guanabara, Nº 100, Setor Urbano
Contatos: (63) 3414-4081 / [email protected]
Arraias: Terceira Seccional de Perícias Criminais
Endereço: Rua da Independência, Quadra 21, lote 01, Centro
Contatos: (63) 3653-1068 / [email protected]
Colinas do Tocantins: 3º Núcleo Regional de Medicina Legal
Endereço: Rua São João, QdA, Lt 16, Nº 604, Setor Santo Antônio
Contatos: (63) 98452-7997 / [email protected]
Dianópolis: 8º Núcleo de Perícias Criminais
Endereço: Rua Nilo Rodrigues de Santana, nº 200, Setor Novo Horizonte (Prédio do Detran)
Contatos: (63) 3692-1047 / [email protected]
Guaraí: 4º Núcleo Regional de Medicina Legal
Endereço: Av. Paraíba esq. c/ Av. Pará, Nº1265, Bairro Norte Rodoviário
Contatos: (63) 3464-2530 / [email protected]
Gurupi: 7º Núcleo Regional de Medicina Legal
Endereço: Rua A, Qd 06, Nº 281, Setor Cruzeiro
Contato: (63) 3312-8838 / [email protected]
Natividade: 8º Núcleo Regional de Medicina Legal
Endereço: Rua Dr. Zacarias, Qd 31, Lote 7-A, Setor Nova Esperança
Contatos: (63) 3372-1999 / (63) 984267981 / [email protected]
Palmas: Laboratório de Genética Forense
Endereço: Quadra 304 Sul, Avenida NS 04, lote 02 (ao lado do IML)
Contatos: (63) 3218-6920 / [email protected]
Paraíso do Tocantins: 5º Núcleo Regional de Medicina Legal
Endereço: Rua Carlos Gomes, Nº 1010, Setor Jardim Paulista
Contatos: (63) 3602-1125 / [email protected]
Porto Nacional: 6º Núcleo Regional de Medicina Legal
Endereço: Av. Antônio Aires Primo, S/N, Sala 03, Centro
Contatos: (63) 3363-6820 / [email protected]
Tocantinópolis: Núcleo Seccional de Medicina Legal
Endereço: Rua Paraíba, S/N, Setor Rodoviário
Contatos: (63) 3471-3568 / [email protected]