De volta ao comando da Prefeitura de Palmas após afastamento por decisão do STF, no final de junho, no âmbito da Operação Sisamnes, Eduardo Siqueira Campos (Podemos) já começou a reorganizar a casa. No retorno, o primeiro gesto foi reconduzir aliados que haviam sido exonerados pelo vice-prefeito Carlos Velozo (Agir), que assumiu o cargo interinamente e promoveu uma espécie de faxina na gestão.

Mas a volta não será apenas de quem caiu. Eduardo também prepara mudanças que miram áreas controladas por grupos com os quais já não há mais sintonia política. Um dos alvos é a secretária de Educação, Débora Guedes, nome ligado ao vice-prefeito e ao pastor Amarildo, tio de Carlos e uma das vozes influentes no governo durante o período interino.

A avaliação no núcleo duro de Eduardo é que a pasta da Educação foi instrumentalizada politicamente durante a ausência do titular, e a permanência de Débora virou insustentável. Com o clima azedo, a troca seria apenas questão de tempo, e, nos bastidores, o tempo já acabou.