Eleição na Câmara de Palmas: atrasos, tumulto e possibilidade de judicialização marcam posse de Marilon Barbosa
01 janeiro 2025 às 18h47
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Em uma eleição marcada por tensões e troca de acusações, o vereador Marilon Barbosa (Republicanos), irmão do governador Wanderlei Barbosa, foi eleito presidente da Câmara Municipal de Palmas na tarde desta quarta-feira, 1º de janeiro. Marilon obteve 12 votos contra 11 de seu adversário, José do Lago Folha Filho (PSDB), que tentava se manter no cargo.
A sessão foi marcada por debates acalorados, questionamentos jurídicos e manobras políticas. Logo no início, houve uma tentativa de entrada forçada no plenário, seguida de uma questão de ordem que suspendeu os trabalhos por 20 minutos, solicitada pelo 2º secretário, Walter Viana (PRD).
Logo de início, vereadores do PL, questionaram a presidência da Mesa que convocaria as eleições, composta por Márcio Reis (PSDB) como presidente, por ter sido o mais votado nas eleições. Ele convocou para secretários além de Walter Viana, Thamires Lima do Coletivo Somos (PT). Os parlamentares argumentaram que só haviam pessoas da situação na Mesa.
Quando a sessão foi retomada, foi feita a leitura das chapas que concorreriam as disputas, que revelou os dois nomes que já eram esperados: Marilon Barbosa e José do Lago Folha. Folha pediu a palavra e pediu para o segundo secretário da Mesa reler as inscrições das chapas, com os horários das inscrições. Foi averiguado que a inscrição da chapa de Marilon, havia sido feita as 7h:27, quando os vereadores ainda não tinham sido empossados.
Diante dessa informação, Folha, protocolou um pedido de impugnação da chapa de Marilon, que segundo ele, violaria o regimento interno da Câmara, por ter sido feito antes da posse. Rubens Uchôa (UB), rebateu dizendo que eles já haviam sido devidamente diplomados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Outros deputados também pediram a palavra e disseram que não aceitar o registro da chapa seria um “principio de ditadura no Parlamento”.
Marilon também pediu a palavra e chamou Folha de “ditador”, ao que o vereador respondeu de forma sarcástica, que também não chamaria ele de ditador porque ele era “especial”.
Contagem e resultado
Após as polêmicas, a votação foi realizada e os votos contados por Balaio (Avante) e Carlos Amastha. O resultado final foi de 12 votos para Marilon e 11 para Folha. Após a contagem, Balaio fez um gesto com o número dois, indicando a vitória de Marilon, antes mesmo do anúncio feito pelo presidente da Mesa.
Depois da votação, apertada, foram eleitos os demais componentes da Mesa:
Vice-presidente: Marcos Júnior (PL)
1º secretário: Thiago Borges (PL)
2º secretário: Wilton do Zé Branquim (PP)
3º secretário: Dr. Vinícius Pires (Republicanos)