A consultora de vendas Jhanny Kelly Alves Evangelista, de 32 anos, segue em recuperação após ser brutalmente agredida dentro de sua própria casa, na região sul de Palmas. O ataque ocorreu na madrugada de domingo, 21, enquanto Jhanny dormia no imóvel acompanhada de outra pessoa, que também sofreu agressões. Segundo a irmã de Jhanny, Lorrany Evangelista, a violência foi tamanha que a vítima perdeu quatro dentes da frente, teve fraturas múltiplas no braço e na mão, cortes profundos na cabeça e hematomas pelo corpo.

A agressão, conforme relatou Lorrany, aconteceu após o ex-marido invadir a residência, danificando a porta, destruindo móveis, a moto e o celular de Jhanny. “A casa não era da minha irmã, era de aluguel, então ela vai ter que ressarcir o dono da casa. Ela tem uma criança de 9 anos, a gente está fazendo essa vaquinha, é principalmente para os implantes, ela não consegue mastigar nem falar, mas também para arcar com algumas outras despesas pós-operatórias”, explicou.

Jhanny passou por cirurgias de reconstrução de lábio, orelha e braço, e possivelmente precisará de novos procedimentos na mão. “No momento ela está estável, graças a Deus está melhorando, muito machucada, psicológico abalado, mas não está correndo risco de vida. Já está no quarto, não está mais na ala vermelha do HGP”, afirmou Lorrany.

O suspeito do crime, identificado pela família como Antônio Rodrigues da Silva, possui histórico de violência doméstica e segue foragido. O caso foi registrado como tentativa de feminicídio e é investigado pela 1ª Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) de Palmas.

Segurança após o ataque

“A gente ainda não conseguiu obter a medida protetiva, porque fomos até a Delegacia da Mulher e nos informaram que apenas minha irmã pode solicitar essa proteção. Ou seja, ela precisará sair do hospital para dar entrada na medida. Por enquanto, não há nenhuma segurança pessoal garantida, a proteção que ela tem é a do próprio hospital, e a polícia ainda não localizou o agressor”, disse Lorrany.

Ela também relatou que não recebeu informações da polícia sobre medidas para localizar o suspeito, que já havia ameaçado Jhanny anteriormente: “No mesmo dia, a gente fez o boletim de ocorrência, foi na Delegacia da Mulher, fez tudo o que tinha para fazer, até porque ele já tinha agredido ela outra vez, já tinha o processo dele lá, os dados dele já estavam tudo lá, então a gente conseguiu fazer o boletim e, até agora, ninguém falou nada para nós”.

O Jornal Opção Tocantins entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP) para solicitar informações sobre a investigação do paradeiro do agressor, bem como as medidas de segurança para a vítima.

A SSP respondeu que “os fatos estão sob investigação e tramitam em segredo de justiça” e que, até o momento, o suspeito não foi preso.

A família mobiliza a divulgação do pedido de doações para colaborar com a vaquinha, que ajudará nos custos médicos, reparos na residência e demais despesas decorrentes do ataque, permitindo que Jhanny possa se recuperar física e emocionalmente. Informações sobre a vaquinha e contato estão abaixo: