O governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de habeas corpus, buscando retornar ao cargo. Para a defesa, ele conta com sete advogados especializados em diferentes áreas do Direito. Dentre os advogados, destacam-se o presidente nacional do Republicanos e deputado federal, Marcos Pereira, e a desembargadora eleitoral do Estado de Goiás, Ludmilla Rocha Cunha Ribeiro. Confira a lista abaixo.

O processo, que já está concluso para o relator desde esta segunda-feira, 8, será analisado pelo ministro Edson Fachin, recém-eleito presidente da Corte para o biênio 2025-2027. Fachin é natural de Rondinha (RS), graduado em Direito pela UFPR, com mestrado e doutorado pela PUC-SP e pós-doutorado no Canadá. Fachin foi indicado ao STF em 2015 pela então presidente Dilma Rousseff e assumiu a relatoria da Operação Lava Jato em 2017. 

Wanderlei Barbosa foi afastado no último dia 3, por decisão do ministro Mauro Campebell do Superior Tribunal de Justiça (STJ), durante a segunda fase da Operação Fames-19, conduzida pela Polícia Federal. A investigação apura suspeitas de desvio de R$ 73 milhões em recursos destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia da Covid-19, além de denúncias de cobrança de propinas. Os autos indicam que os esquemas teriam continuado após buscas realizadas há mais de um ano.

A equipe de defesa

Os advogados que compõem a defesa do governador Wanderlei Barbosa possuem inscrições na OAB nos estados do Distrito Federal, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins e Goiás, além de Portugal. Eles ocupam diferentes cargos e funções:

  • Felipe Fernandes de Carvalho (OAB/DF, MT, PR, RJ, SP) – Professor de Direito Penal no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e sócio do Mudrovitsch Advogados; atua em Direito Penal e Processual Penal.
  • Alberto dos Santos Moreira (OAB/DF e TO) – Advogado especializado em Direito Público, Criminal e Processual Penal, com atuação em tribunais superiores e mestrando em Criminologia na Universidade Fernando Pessoa, Portugal.
  • Caroline Scandelari Raupp (OAB/DF) – Advogada na equipe criminal do Mudrovitsch Advogados, com atuação em Direito Penal Econômico e Processual Penal; pós-graduada em Direito Penal e Processual Penal e especialista em Teoria da Prova pela Universidade de Salamanca, Espanha.
  • Flávio Schegerin Ribeiro (OAB/DF e SP) – Mestrando no IDP, especialista em Direito Eleitoral e Processual Civil, com experiência administrativa em órgãos federais.
  • Laio Dayan Rodrigues (OAB/DF) – Advogado.
  • Marcos Antonio Pereira (OAB/DF, SP e Portugal) – Deputado federal, professor universitário e advogado; mestre em Direito Constitucional e doutorando em Direito.
  • Ludmilla Rocha Cunha Ribeiro (OAB/DF e GO) – Advogada e desembargadora eleitoral substituta no TRE-GO, com atuação em tribunais superiores e Direito de Estado. Conforme especialistas consultados pelo Jornal Opção, a magistrada tem prerrogativa para atuar, pois na causa o governador advoga na área criminal.