Hospitais particulares dão novo prazo ao governo e mantêm atendimentos do Servir
30 dezembro 2025 às 18h51

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O Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Tocantins (Sindesto) informou, nesta terça-feira, 30, que participou de reunião com representantes do Governo do Estado no dia 29 de dezembro para discutir a regularização dos pagamentos em atraso e a continuidade dos atendimentos prestados aos beneficiários do plano de saúde Servir.
Segundo o sindicato, durante o encontro, o governo solicitou um “voto de confiança” e se comprometeu a efetuar, até fevereiro, os pagamentos das referências 9, 10 e 11, com início dos repasses ainda no mês de janeiro. O Executivo estadual também informou que encaminhou resposta formal ao Sindesto com esses compromissos e que os pagamentos da referência 8 foram finalizados no dia 30 de dezembro.
Participaram da reunião os secretários Carlos Felinto (Saúde), Luciano Lima Costa (subsecretário da Saúde), Paulo Cesar Benfica (Administração), Donizete Nogueira (Fazenda), Maurício (Planejamento) e Ana Cristina (Tesouro Estadual), além de representantes do Sindesto, incluindo o presidente da entidade, Thiago Antônio Figueiredo.
Após a reunião com o governo, o Sindesto realizou, também nesta terça-feira, um encontro interno com os hospitais associados para deliberar sobre a proposta apresentada. Como resultado, o sindicato decidiu encaminhar formalmente ao Estado uma série de exigências que deverão ser pactuadas entre as partes.
Entre os pontos elencados estão a solicitação para emissão das notas da referência 9 até 9 de janeiro, o pagamento dessa referência até o dia 20 do mesmo mês e a quitação das referências 10 e 11 ao longo de fevereiro. O Sindesto também cobra que, após a regularização, os pagamentos futuros não ultrapassem o prazo máximo de 90 dias e que o governo envie, até 20 de janeiro, um calendário detalhado de planejamento financeiro para 2026.
O documento ainda reivindica a garantia mínima de pagamento de pelo menos nove referências do exercício de 2026 dentro do próprio ano, a definição de um calendário fixo para geração de notas, independentemente da efetivação dos pagamentos, e a participação do sindicato na reformulação do manual do plano de saúde Servir.
Outros pontos incluem o parcelamento das glosas pendentes entre 2021 e a referência 07/2025, o pagamento das glosas das referências 8 e 9 junto com a referência 9, além de esclarecimentos formais sobre o novo edital de credenciamento. O Sindesto também exige o envio de resposta oficial e a assinatura de um termo de compromisso contemplando todas as condições até o dia 10 de janeiro.
Na nota, o sindicato reforça que vem alertando o governo, há meses, sobre o risco de suspensão dos atendimentos e afirma que os hospitais têm mantido os serviços “no limite”, apesar de atrasos recorrentes e descumprimento de acordos anteriores.
Por fim, o Sindesto alerta que o descumprimento de qualquer um dos compromissos a serem formalizados resultará na paralisação dos atendimentos, sem novos avisos, uma vez que notificações anteriores já foram protocoladas e sucessivos votos de confiança foram concedidos ao Governo do Estado.
