Hospitais Universitários realizam mais de 10 mil atendimentos durante mutirão nacional neste sábado

05 julho 2025 às 15h04

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Com a participação de 45 Hospitais Universitários vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), localizados em 24 unidades da federação, realiza neste sábado, 5, o mutirão Agora Tem Especialistas. A ação, promovida pelo Governo Federal por meio dos ministérios da Educação (MEC) e da Saúde (MS), prevê a realização de 1.088 cirurgias, 7.902 exames ou procedimentos e 1.342 consultas com o objetivo de ampliar o atendimento e reduzir o tempo de espera no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Vamos utilizar essa rede de Hospitais Universitários públicos, que é a maior do hemisfério sul global, para reduzir tempo de espera e garantir um atendimento mais rápido para a população.”
O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quarta-feira, 2, durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Rede Globo, em Salvador. “Todos os hospitais universitários vão se dedicar para fazer cirurgias no povo brasileiro”, afirmou. A iniciativa faz parte do projeto Ebserh em Ação 2025, que contempla atendimentos em especialidades como Oncologia, Cardiologia, Ortopedia, Oftalmologia e Saúde da Mulher.
A rede de Hospitais Universitários federais conta atualmente com 87 mil profissionais da saúde, mais de 55 mil alunos de graduação e mais de dez mil médicos residentes. O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou a abrangência da estrutura. “Vamos utilizar essa rede de Hospitais Universitários públicos, que é a maior do hemisfério sul global, para reduzir tempo de espera e garantir um atendimento mais rápido para a população”, reiterou. Segundo o ministro, autoridades estarão presentes neste sábado para colaborar na mobilização da rede de profissionais nos hospitais.
Para participar dos mutirões, os pacientes devem estar em atendimento nos Hospitais Universitários e atender aos critérios de prioridade ou ser encaminhados por centrais de regulação municipais ou estaduais. Desde o início de 2025, já foram realizados 166 mutirões em todo o país na Rede Ebserh.
Além de ampliar o acesso da população a cirurgias eletivas, exames e procedimentos terapêuticos, a ação também promove a formação prática dos estudantes de medicina, supervisionados por professores e profissionais da rede.
O ministro Camilo Santana afirmou que outras edições do mutirão estão previstas. “Vamos seguir com esse esforço coletivo. Com essa iniciativa, conseguimos aumentar o número de atendimentos em 17%, de março para cá. E temos uma meta ousada que é a de ampliar para 40% até o final do ano, garantindo atendimento mais humanizado, digno, cuidando dos pacientes e reduzindo o tempo de espera. Essa medida reforça o papel dos Hospitais Universitários de serem reconhecidos como 100% do SUS”, declarou.
“Já tivemos mutirão de um procedimento específico ou de um tipo de exame. Este será o mais diverso já realizado nacionalmente na história do SUS.”
Agora Tem Especialistas
O programa Agora Tem Especialistas, ao qual o mutirão está vinculado, tem como foco a redução da fila de espera do SUS. Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a ação representa um marco. “Já tivemos mutirão de um procedimento específico ou de um tipo de exame. Este será o mais diverso já realizado nacionalmente na história do SUS”, afirmou.
Na quarta-feira, 2, foi aberto o credenciamento de hospitais, clínicas e prestadores de serviços de saúde interessados em aderir ao programa. A adesão permite a oferta de serviços especializados à população a partir de agosto. A medida será complementar e tem como objetivo ampliar a oferta de atendimentos especializados, apoiar mutirões em finais de semana e feriados, além de viabilizar a atuação em turnos estendidos nos hospitais da rede pública.
Os Hospitais Universitários Federais desempenham papel estratégico na formação de profissionais da saúde e atuam como apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão das instituições federais de ensino superior às quais são vinculados. Também funcionam como centros de referência em média e alta complexidade no atendimento pelo SUS.