Iphan abre consulta pública sobre registro da Ourivesaria de Natividade como Patrimônio Cultural do Brasil
24 outubro 2025 às 14h18

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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) abriu uma consulta pública para discutir o registro da Ourivesaria de Natividade como Patrimônio Cultural do Brasil. A iniciativa permite que qualquer pessoa envie opiniões, sugestões e informações sobre a tradição artesanal até o dia 21 de novembro de 2025.
As contribuições podem ser enviadas por e-mail para [email protected], por correspondência ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, em Brasília (DF), ou pelo Protocolo Digital disponível no site do Iphan. Após o encerramento do prazo, todas as manifestações serão analisadas pelo conselho responsável por decidir sobre o reconhecimento oficial do bem cultural.
A consulta é uma forma de incluir a comunidade no processo de valorização da ourivesaria, uma das expressões mais antigas e simbólicas da região de Natividade. O município guarda uma tradição secular de produção de joias artesanais em ouro e prata, trabalhadas com técnicas transmitidas de geração em geração.
Entre as peças mais comuns estão crucifixos, colares, pulseiras, gargantilhas e anéis, usados tanto no dia a dia quanto em celebrações religiosas e festas populares. A técnica mais emblemática é a filigrana, um entrelaçado minucioso de fios finos de ouro, muitas vezes com a espessura de um fio de cabelo. Essa forma de trabalho tem origem na região do Minho, em Portugal, e foi trazida ao Brasil durante o período colonial, adaptando-se ao território tocantinense com o passar dos séculos.
A Ourivesaria de Natividade mantém viva uma arte que mistura fé, identidade e memória, refletindo a herança cultural de um dos centros históricos mais antigos do Tocantins.

