Juiz mantém prisão de mulher acusada de matar e ocultar corpo de empresário em Araguaína

04 outubro 2025 às 15h32

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A Justiça do Tocantins decidiu manter a prisão preventiva de Rejane Mendes da Silva, acusada de envolvimento no homicídio de José Paulo Couto, de 71 anos, em Araguaína. A decisão foi proferida pela 1ª Vara Criminal do município após reavaliação obrigatória do caso, prevista no Código de Processo Penal, que determina a revisão periódica das prisões preventivas a cada 90 dias.
O juiz responsável pelo processo entendeu que permanecem os fundamentos que justificaram a medida cautelar, entre eles a gravidade do crime, os indícios de autoria e o risco à ordem pública. O magistrado destacou que a vítima foi morta mediante tortura, asfixia e uso de meio cruel, além de ter seus pertences subtraídos. O corpo foi encontrado ocultado sob uma ponte.
De acordo com a decisão, as investigações reuniram provas como imagens de câmeras de segurança, laudos periciais, depoimentos de testemunhas e confissões das acusadas. Também pesa contra Rejane a suspeita de participação em outro inquérito envolvendo crimes contra idosos, o que reforçou o argumento de risco de reiteração delitiva.
Com a decisão, a prisão preventiva da acusada segue em vigor enquanto o processo tramita no Tribunal de Justiça do Tocantins.
O caso
O empresário José Paulo Couto, de 75 anos, foi dado como desaparecido em 9 de julho de 2025; o corpo foi localizado no dia seguinte (10 de julho de 2025), enrolado em panos e jogado sob uma ponte na Avenida Frimar, em Araguaína. O corpo foi retirado do local pelo Corpo de Bombeiros.
Segundo investigação da Polícia Civil, a autora confessa, Rejane Mendes da Silva, alegou ter mantido um relacionamento extraconjugal com a vítima. O motivo apontado pelas apurações foi a recusa do empresário em manter os pagamentos que supostamente fazia à mulher e a intenção de encerrar o relacionamento, o que teria motivado uma discussão que evoluiu para agressão.
Em depoimento policial, Rejane admitiu o homicídio e descreveu a dinâmica dos fatos: disse que imobilizou a vítima, voltou à cozinha, viu uma faca e a utilizou para matá-lo. O laudo pericial apontou que a causa da morte foi asfixia por estrangulamento; foram identificados, ainda, sinais compatíveis com tortura, como fratura no punho e cortes no pescoço.
Rejane declarou também que chamou a irmã, Lindiana Mendes da Silva, de 43 anos, para ajudá-la a se desfazer do corpo. A irmã foi denunciada pelo Ministério Público por ocultação de cadáver. Rejane, por sua vez, virou ré por homicídio qualificado.
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