A 1ª Vara Criminal de Palmas recebeu a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) contra quatro pessoas investigadas pelo atentado que atingiu uma criança de cinco anos, baleada na cabeça no dia 6 de janeiro deste ano, no setor Água Fria, região Norte da capital. Os denunciados agora devem se tornar réus e responder à ação penal por tentativa de homicídio qualificado.

O Jornal Opção Tocantins teve acesso à denúnicia e segundo os documentos, os acusados responderão por duas tentativas de homicídio, uma contra a criança e outra contra o homem que seria o alvo dos disparos, com agravantes como motivo fútil, perigo comum, recurso que impossibilitou defesa e crime contra menor de 14 anos. O MP também sustenta que o crime se enquadra nas diretrizes da Lei de Crimes Hediondos.

O órgão ministerial ainda requisitou que, em eventual condenação, seja fixado valor mínimo de R$ 100 mil a título de indenização à vítima.

A acusação afirma que o atentado teria sido motivado pela divulgação, nas redes sociais, da imagem de dois dos suspeitos, identificados como procurados pela polícia após outro crime. A exposição teria levado o grupo a planejar a execução do parente de quem publicou o conteúdo.

Dinâmica do atentado

De acordo com o Ministério Público, os disparos foram efetuados em via pública, de motocicleta, contra o homem que seria o alvo. A denúncia descreve que os acusados assumiram o risco de atingir terceiros presentes no local, incluindo a criança, que foi baleada na cabeça.

Após o crime, o grupo teria tentado despistar as autoridades utilizando veículos diferentes para fugir. A arma usada teria sido fornecida por um dos réus com conhecimento da finalidade do ato.

Situação da vítima

A criança passou por três cirurgias e permanece em tratamento domiciliar, com sequelas na fala e risco de convulsões. A Secretaria Estadual de Saúde informou que a paciente recebeu alta por melhora clínica em 20 de agosto.

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